Rolling Stone Brasil
Busca
Facebook Rolling Stone BrasilTwitter Rolling Stone BrasilInstagram Rolling Stone BrasilSpotify Rolling Stone BrasilYoutube Rolling Stone BrasilTiktok Rolling Stone Brasil

Câmara dos Deputados rejeita PEC do voto impresso, defendida por Bolsonaro

A PEC defendida pelo presidente Jair Bolsonaro teve 229 votos a favor, mas precisaria de 308 para ser aprovada

Redação Publicado em 11/08/2021, às 09h56

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Jair Bolsonaro  lança seu voto em 28 de outubro de 2018 (Foto: Ricardo Moraes-Pool/Getty Images)
Jair Bolsonaro lança seu voto em 28 de outubro de 2018 (Foto: Ricardo Moraes-Pool/Getty Images)

A Câmara dos Deputados rejeitou e arquivou a PEC (proposta de emenda à Constituição) do voto impresso, defendida por Jair Bolsonaro (sem partido). Foram 229 votos a favor e 218 contrários, e eram necessários 308 votos favoráveis para o texto passar.

Conforme publicado pelo G1, Bolsonaro era o principal defensor da PEC. O presidente fala sobre fraudes no sistema eletrônico de votação, mesmo sem apresentar provas, além de acusar ministros do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral de fazerem parte de um esquema fraudulento.

+++LEIA MAIS: Bolsonaro admite possível derrota de PEC do voto impresso: 'Barroso apavorou parlamentares'

O projeto votado na Câmara propunha a inclusão de um parágrafo na Constituição para definir como obrigatória a expedição de cédulas físicas conferidas pelo eleitor em votação das eleições, plebiscitos e referendos. Sem os votos necessários, contudo, a PEC será arquivada e as eleições de 2022 acontecerão no formato atual de votação e apuração.

Bolsonaro e o voto impresso

Grande defensor do voto impresso, Bolsonaro ameaçou anteriormente não realizar as eleições (assim como não participar da corrida presidencial) caso o sistema eleitoral não fosse modificado por meio da impressão das cédulas.

+++LEIA MAIS: 'Não aceitarei intimidações', diz Bolsonaro sobre inquérito do TSE

Em julho, durante conversa com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro afirmou (assista o vídeo abaixo): "Eleições no ano que vem serão limpas. Ou fazemos eleições limpas no Brasil ou não temos eleições."

Apesar das acusações do presidente, não há indícios de fraudes, e especialistas consideram as urnas eletrônicas seguras e confiáveis. O sistema, inclusive, foi o responsável pela vitória de Bolsonaro nas eleições de 2018 — mas o presidente afirma que, se não fosse a fraude, teria vencido no primeiro turno.

+++LEIA MAIS: ‘Ou fazemos eleições limpas no Brasil ou não temos eleições’, ameaça Bolsonaro

Arthur Lira

Apesar de a proposta ter sido rejeitada na comissão especial da Câmara dos Deputados em 6 de agosto, Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, decidiu levar a PEC ao plenário para os 513 deputados se manifestarem.

Em entrevista à Globo, Lira comentou sobre a rejeição da PEC do voto impresso: "Queria, mais uma vez, agradecer ao plenário desta Casa pelo comportamento democrático de um problema que é tratado por muitos com muita particularidade e com muita segurança. A democracia do plenário desta Casa deu uma resposta a esse assunto e, na Câmara, eu espero que esse assunto esteja definitivamente enterrado."

+++LEIA MAIS: 'Está na cara que querem fraudar', diz Bolsonaro sobre eleições de 2022


+++ FIUK: 'TENHO ROCK NA VEIA DESDE CRIANÇA' | ENTREVISTA | RS