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Canais bolsonaristas apagam mais de 200 vídeos com ataques às eleições

As publicações dos canais bolsonaristas foram deletadas após o TSE determinar o fim de repasses a plataformas investigadas por fake news

Redação Publicado em 19/08/2021, às 11h44

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Bolsonaro de máscara olha para o lado (Foto: Andre Coelho/Getty Images)
Bolsonaro de máscara olha para o lado (Foto: Andre Coelho/Getty Images)

Canais favoráveis ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) apagaram mais de 200 vídeos com ataques as eleições e urnas eletrônicas. As publicações foram deletadas após o Tribunal Superior Eleitoral (STF) determinar o fim de repasses de recursos financeiros a plataformas investigadas por disseminar fake news.

Segundo reportagem do O Globo, o levantamento foi feito pela empresa Novelo Data, que filtrou as publicações a partir de palavras-chave. Segundo a análise, o canal com mais vídeos excluídos foi o do youtuber Gustavo Gayer.

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A conta tem 500 mil inscritos e apagou 59 postagens. Além disso, o canal já teve publicações removidas por disseminar notícias falsas sobre a pandemia de covid-19. Em relatório do YouTube à CPI da Covid, a conta consta como o segundo canal que mais arrecadou com monetização de vídeos com informações falsas: R$ 40,7 mil.

Com soma de 800 mil seguidores, dois canais ligados ao bolsonarista Fernando Lisboa também deletaram publicações. Segundo o levantamento, as contas excluíram um vídeo com referências à live de Bolsonaro com alegações falsas de fraudes na urna e outra filmagem nomeada "Lula só GANHA com Fraude nas Urnas".

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O canal “O Jacaré de Tanga” tirou do ar (ou colocou em modo privado) 26 vídeos. Mantida pelo ex-candidato a prefeito de Mogi das Cruzes Felipe Lintz (PRTB), a conta tem mais de 1,2 milhão de inscritos.

Em declaração ao O Globo, Guilherme Felitti, da empresa Novelo Data, afirmou que a prática de apagar vídeos é comum nos dias seguintes às ações do TSE, STF, Polícia Federal e outras instituições.

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“Foi assim quando a PF fez a primeira ação do inquérito de fake news do STF em junho de 2020, foi assim quando o STF ordenou a prisão do deputado Daniel Silveira em fevereiro de 2021 e foi assim também quando Roberto Jefferson foi preso e o TSE vetou a monetização dos canais em um espaço de poucos dias,” afirmou Felitti.


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