'Covarde', diz filho de Bruno Covas após ataque de Bolsonaro ao ex-prefeito de São Paulo
Tomás, filho de Bruno Covas, respondeu aos ataques de Jair Bolsonaro realizados na segunda, 2
Redação
Publicado em 03/08/2021, às 10h43Tomás Covas, filho do ex-prefeito de São Paulo Bruno Covas (PSDB), chamou Jair Bolsonaro (sem partido) de “covarde” na segunda, 2, após o presidente atacar o pai, morto em maio de 2021 depois de lutar contra o câncer.
Em conversa com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro criticou Bruno Covas: “O outro, que morreu, fecha São Paulo e vai assistir Palmeiras e Santos no Maracanã”. Em Janeiro, o ex-prefeito e o filho assistiram à final da Libertadores no estádio.
Na manhã desta segunda-feira (2), o presidente @jairbolsonaro voltou a criticar Luis Roberto Barroso, presidente do TSE. “Defende um montão de coisa que não presta”.
— Metrópoles (de 🏠) (@Metropoles) August 2, 2021
Bolsonaro também criticou o ex-prefeito de São Paulo, Bruno Covas, falecido em maio. “Fecha SP e vai ao Maracanã” pic.twitter.com/k0jiVs56J7
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Tomás Covas, em mensagem à coluna de Mônica Bergamo para a Folha de S. Paulo, respondeu às declarações de Jair Bolsonaro: “Lamento a fala dita hoje pelo incompetente e negacionista presidente Bolsonaro. Em uma fala covarde hoje durante a tarde, ele atacou quem não está mais aqui conosco, não dando o direito de resposta ao meu pai. Além disso, cumprimos com todos os protocolos no estádio do Maracanã, utilizando a máscara e sentando apenas nas cadeiras permitidas.”
"Uma tristeza as agressões vazias do presidente contra meu pai. Não é certo atacar quem não está mais aqui para se defender. Meu pai sempre foi um homem sério e fez questão de me levar ao Maracanã no fim da sua vida para curtirmos seus últimos momentos juntos. Isso é amor! Bolsonaro nunca entenderá esse sentimento," completou Tomás.
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Após assistir à final da Libertadores com o filho Tomás, em janeiro de 2021, Bruno Covas foi criticado nas redes sociais. O então prefeito de São Paulo, contudo, respondeu aos críticos em uma publicação:
"Depois de 24 sessões de radioterapia meus médicos me recomendaram 10 dias de licença para recuperar as energias. Isso foi até a última quinta (28/01). Resolvi tirar mais 3 dias de licença não remunerada para aproveitar uns dias com meu filho. Fomos ver a final da libertadores da América no Maracanã, um sonho nosso. Respeitamos todas as normas de segurança determinadas pelas autoridades sanitárias do RJ. Mas a lacração da Internet resolveu pegar pesado," comentou.
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O ex-prefeito de São Paulo, na época, criticou os que o atacaram nas redes sociais por ir com o filho ao Maracanã: "Depois de tantas incertezas sobre a vida, a felicidade de levar o filho ao estádio tomou uma proporção diferente para mim. Ir ao jogo é direito meu. É usufruir de um pequeno prazer da vida. Mas a hipocrisia generalizada que virou nossa sociedade resolveu me julgar como se eu tivesse feito algo ilegal. Todos dentro do estádio poderiam estar lá. Menos eu. Quando decidi ir ao jogo tinha ciência que sofreria críticas. Mas se esse é o preço a pagar para passar algumas horas inesquecíveis com meu filho, pago com a consciência tranquila".
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