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Especialistas veem queda de ocupação de UTI com cautela: 'Não saímos da tempestade'

Em entrevista ao O Globo, especialistas explicaram a importância da cautela, mesmo diante uma melhora na situação da pandemia de Covid-19 no Brasil

Redação Publicado em 15/07/2021, às 11h43

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Limpeza de ruas na Favela Vila Ipiranga, em Niterói (Luis Alvarenga/Getty Images)
Limpeza de ruas na Favela Vila Ipiranga, em Niterói (Luis Alvarenga/Getty Images)

Um levantamento do Observatório Covid-19, da Fiocruz, apontou na quarta, 14, que nenhum estado brasileiro tem taxa de ocupação de leitos de UTI acima de 90% — o que representa um avanço na pandemia no país. Especialistas, contudo, veem dados com cautela.

Segundo o O Globo, os dados da Fiocruz são da semana entre 4 e 10 de julho — e representam a terceira semana seguida com queda da mortalidade por Covid-19 no Brasil, apesar de os números ainda serem altos. 

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Mesmo com uma melhora na situação da pandemia no país, especialistas entrevistados pelo O Globo veem os dados da Fiocruz com cautela. José Paulo Guedes Pinto, professor da Universidade Federal do ABC e coordenador do grupo de pesquisa Ação Covid-19, explicou: 

“A vacina diminui o número de óbitos, mas o de casos tende a aumentar. Até a situação estar mais regularizada, com vacinas melhores e mais gente vacinada, é preciso cautela no abandono das medidas de isolamento. Se o relaxamento for radical podemos voltar a ter surtos e isso pode sustentar a média móvel de mortes mesmo com a vacinação.”

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O epidemiologista Pedro Hallal, coordenador do Epicovid, também explicou que o momento não é de abertura total de comércios e atividades. Um dos motivos para a cautela é a variante Delta, responsável pelo aumento de casos nos Estados Unidos e Europa.

Para o médico e neurocientista Miguel Nicolelis, a variante é preocupante: “Estamos vendo uma competição da variante Gama com a Delta enquanto avança a vacinação. A interação desses três fatores é que vai definir o que vai acontecer nas próximas semanas, considerando que agora estamos com isolamento social quase nulo. Essa dinâmica vai definir a terceira onda.”

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“Houve uma queda indiscutível, mas ainda não saímos da tempestade. Eu entendo o desespero por boas notícias, mas continuo achando que é uma guerra, e numa guerra temos que ser objetivos na análise do inimigo,” concluiu.


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