Líderes indígenas acusam Bolsonaro de genocídio em tribunal internacional

A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) apresenta a denúncia contra Bolsonaro nesta segunda, 9

Redação

Publicado em 09/08/2021, às 09h49
Jair Bolsonaro (Foto: Andressa Anholete / Getty Images)
Jair Bolsonaro (Foto: Andressa Anholete / Getty Images)

Durante a pandemia de covid-19, mais de 1.100 indígenas de 163 morreram. Diante dos números, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) apresentará nesta segunda, 9, Dia Internacional dos Povos Indígenas, uma denúncia contra Jair Bolsonaro (sem partido) no Tribunal Penal Internacional (TPI), localizado em Haia, Holanda.

Conforme noticiado pelo Globo, os líderes indígenas acusam Bolsonaro de genocídio, assim como omissão na gestão do meio ambiente. A articulação irá entregar um documento de 148 páginas com as acusações.

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Além de denunciar Bolsonaro pelos crimes citados, o texto argumenta que o sucateamento das estruturas públicas de proteção ambiental ocasionou invasões às terras indígenas, desmatamento e incêndios.

Os líderes indígenas pedem para o presidente Bolsonaro ser enquadrado pela corte por ecocídio, nova tipificação de crime contra o conjunto da humanidade, principalmente o planeta e meio ambiente. Além de reunir declarações em que o governo federal incentivou invasões, ataques e exploração de terras indígenas, o documento faz um balanço das vezes que ações do chefe de Estado causaram danos diretos aos povos.

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Segundo o Globo, após a denúncia, o tribunal internacional irá analisar se abre investigação sobre Jair Bolsonaro. A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) afirmou que não teve acesso à denúncia por isso não comentaria sobre o caso.

“São fatos e depoimentos que comprovam o planejamento e a execução de uma política anti-indígena explícita, sistemática e intencional encabeçada pelo presidente Jair Bolsonaro, desde 1º de janeiro de 2019, primeiro dia de seu mandato presidencial,” afirma um trecho do documento da Apib de denúncia ao presidente.

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