A Organização Mundial da Saúde pede que pelo menos 10% da população de cada país seja vacinada antes de nações mais ricas aplicarem 3ª dose
A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu nesta quarta, 4, a interrupção da vacinação da 3ª dose contra a covid-19 até setembro. Segundo o diretor-geral Tedros Adhanom Ghebreyesus, o objetivo é imunizar pelo menos 10% da população de todos os países antes das nações mais ricas iniciarem a aplicação de doses de reforço.
Conforme noticiado pelo G1, a desigualdade entre países ricos e pobres também é refletida na imunização. Enquanto algumas nações começaram a imunizar com terceiras doses, outras estão começando a receber as ampolas. O Haiti, por exemplo, recebeu as primeiras vacinas contra covid-19 apenas em 14 de julho.
+++LEIA MAIS: Após fala de Bolsonaro, OMS recomenda que vacinados usem máscara
Dessa forma, a OMS pretende igualar, minimamente, a situação da pandemia nos países. "Entendo a preocupação de todos os governos em proteger seu povo da variante Delta. Mas não podemos aceitar países que já usaram a maior parte do fornecimento global de vacinas usando ainda mais," explicou Tedros Adhanom.
"Precisamos de uma reversão urgente: da maioria das vacinas que estão indo para países de alta renda, irem para países de baixa renda," concluiu o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde.
+++LEIA MAIS: 1,5 milhão de segundas doses contra Covid-19 estão atrasadas
Segundo o G1, até maio, os países ricos tinham administrado 50 doses para cada 100 pessoas — e o número dobrou desde a época. Quando se trata das nações mais pobres, contudo, foram administradas apenas 1,5 doses a cada 100 pessoas.
Países como Israel, Alemanha, Emirados Árabes Unidos e Estados Unidos já haviam anunciado planos para reforço de vacinas contra a covid-19, por exemplo. Com o pedido da OMS, a aplicação deve ser adiada até setembro.
+++LEIA MAIS: OMS vê ‘com muita tristeza’ pandemia da Covid-19 no Brasil; entenda
+++ FIUK: 'TENHO ROCK NA VEIA DESDE CRIANÇA' | ENTREVISTA | RS