Atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden decidiu seguir com acordo de Donald Trump e retirar as tropas norte-americanas do Afeganistão
Em 2020, os Estados Unidos deram início ao plano de retirar os militares norte-americanos do Afeganistão e, logo em seguida, o Talibã avançou pelo país e tomou o controle da capital Cabul no último domingo, 15, de acordo com a BBC News Brasil.
Mas, afinal, por que os EUA decidiram sair do Afeganistão? Bom, primeiro precisamos entender o motivo do país ter instalado a força militar dele na região. Em 2001, depois dos ataques de 11 de setembro, os EUA e aliados entraram no país e retiraram o Talibã do poder - grupo acusado de apoiar a Al-Qaeda, segundo o G1.
Em 2020, Donald Trump fez um acordo com os líderes do Talibã para retirar as tropas do Afeganistão até maio de 2021. Na época, o grupo se comprometeu a combater a Al-Qaeda - grupo de Osama Bin Laden - e outros grupos extremistas.
Duas décadas após o ataque das Torres Gêmeas, Joe Biden seguiu o plano do antecessor e começou a retirar os militares do Afeganistão - a meta era terminar a ação até 11 de setembro de 2021, mas foi adiantada para agosto do mesmo ano.
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Após o Talibã tomar Cabul, Biden defendeu a decisão de retirar os militares norte-americanos do país. Em um pronunciamento oficial na Casa Branca, o presidente dos EUA confessou que "isso tudo realmente se desenrolou mais rápido do que" pensavam.
Porém, o político seguirá firme no plano de retirada. "Eu mantenho com firmeza minha posição," disse Biden.
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Biden declarou que precisava cumprir o acordo estabelecido por Trump para evitar ataques aos militares norte-americanos. O político também anunciou que ofereceria estadia para os afegãos que trabalharam para o governo dos EUA.
O presidente declarou que a missão inicial do país era punir Osama Bin Laden e evitar o estabelecimento de grupos radicais contrários aos EUA na região. Além disso, soldados afegãos foram treinados pelos norte-americanos, assim como o regime civil foi financiado.
"Vamos continuar a financiar e dar equipamentos. E vamos garantir a capacidade de manter a força aérea."
Para Biden, os militares não tinham o objetivo de "formar uma nação" e a população afegã tem o "direito e responsabilidade" de decidirem "seu futuro e como querem administrar seu país."
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Citando o números de mortes e gastos, o político revelou não ter planos de "mandar uma nova geração de americanos para a guerra no Afeganistão sem que haja uma expectativa razoável de alcançar um resultado diferente."
O presidente justificou o posicionamento dele com o argumento de que o terrorismo não se limita ao Afeganistão e é necessário guardar recursos para as "ameaças" do "sul da Ásia, Oriente Médio e África."
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Biden ainda deixou claro que Trump deveria ter feito um acordo para evitar novos ataques após a retirada dos militares. "A resposta dos EUA será ágil e contundente," declarou o político sobre possíveis ações contra norte-americanos.
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