Único líder do G20 a admitir que não tomou vacina, Jair Bolsonaro se apresentou na ONU nesta terça, 21 de setembro
O prefeito de Nova York Bill de Blasio mandou um recado para o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na segunda, 20. Em pronunciamento, o gestor afirmou que, se o chefe de Estado não quiser se vacinar "nem precisa vir" à cidade.
Bolsonaro foi a Nova York para participar da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) nesta terça, 21. O presidente brasileiro, como é tradição, será o responsável por fazer o discurso de abertura do evento.
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Em pronunciamento, Bill de Blasio disse: “Com os protocolos em vigor, precisamos enviar uma mensagem a todos os líderes mundiais, principalmente Bolsonaro, do Brasil, que se você pretende vir aqui, você precisa estar vacinado. Se você não quer se vacinar, nem precisa vir.”
O prefeito de Nova York continuou: "Todos precisam estar em segurança e juntos, isso significa que todos precisam ser vacinados. A grande maioria das pessoas nas Nações Unidas, a grande maioria dos estados-membros estão fazendo a coisa certa."
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A prefeitura de Nova York oferece vacinas gratuitas para todos os participantes da Assembleia Geral das Nações Unidas. Inclusive, horas depois do pronunciamento, o norte-americano marcou Jair Bolsonaro em um tuíte com um link dos locais de vacinação contra a doença na cidade.
.@jairbolsonaro: https://t.co/cNSZQVMkQrhttps://t.co/BqScckYujZ
— Mayor Bill de Blasio (@NYCMayor) September 20, 2021
Desde que chegou aos Estados Unidos, Bolsonaro é alvo de críticas pela postura em relação à pandemia de covid-19. O presidente é o único líder do G20 (grupo das maiores economias do mundo) que declaradamente não se vacinou contra a covid-19 — postura que impede o presidente, por exemplo, de frequentar restaurantes em Nova York, que pedem comprovante de imunização.
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Na entrada do hotel em que está hospedado, Jair Bolsonaro entrou pela porta dos fundos para fugir de manifestantes na entrada principal. A comitiva do presidente foi recebido por diversos pequenos grupos contrários ao governo em Nova York — e o ministro Marcelo Queiroga inclusive reagiu com agressividade a manifestantes na segunda, 20.
Em vídeo que circula nas redes sociais, o ministro da Saúde Marcelo Queiroga mostra os dedos do meio para manifestantes que receberam a comitiva do presidente após um jantar na noite de segunda, 20.