Presidente da Fundação Palmares é acusado de assédio moral, discriminação e perseguição ideológica; entenda
Servidores e ex-funcionários apontam para rotina de humilhação na gestão de Sérgio Camargo, presidente da Fundação Palmares
Redação
Publicado em 30/08/2021, às 09h12 - Atualizado às 19h47
O Ministério Público protocolou ação na sexta, 27, em que pede o afastamento de Sérgio Camargo do cardo de presidente da Fundação Palmares é alvo de uma. Segundo reportagem do programa Fantástico, da TV Globo, 16 ex-funcionários e servidores denunciam Camargo por assédio moral, discriminação e perseguição ideológica.
Segundo as denúncias, o presidente da Fundação é responsável por uma rotina de humilhações e terror psicológico no ambiente de trabalho. A ação foi protocolada após 16 funcionários públicos — considerados “esquerdistas” por Camargo — darem depoimentos sobre a gestão do profissional.
Em um trecho da reportagem do Fantástico, um dos servidores afirma que Camargo "contaminou todo o ambiente de trabalho e gerou terror psicológico" dentro da Fundação Palmares. Segundo depoimentos, o presidente persegue ideologicamente, promovendo uma “caçada de esquerdistas”.
De acordo com a ação, Sérgio Camargo pede para ser avisado caso algum funcionário da Fundação Palmares seja de esquerda. O objetivo seria identificação dos profissionais para serem afastados dos respectivos cargos.
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Declarações de Sérgio Camargo
Nomeado presidente da Fundação por Jair Bolsonaro, Sérgio Camargo se define como "negro de direita, antivitimista, inimigo do politicamente correto e livre," conforme publicado por reportagem do UOL.
Desde que assumiu a presidência da Fundação Palmares, Camargo deu diversas declarações problemáticas a respeito da comunidade negra e o racismo no Brasil. Em novembro de 2020, por exemplo, afirmou que “não existe racismo estrutural no Brasil” e publicou um vídeo a favor de acabar com o Dia da Consciência Negra, celebrado no dia da morte de Zumbi dos Palmares.
Anteriormente, Camargo também afirmou que a escravidão foi “benéfica para os descendentes”, que o movimento negro no Brasil precisa ser “extinto” e disse: "negro de esquerda é burro".
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