O presidente eleito não perdeu tempo em convocar seus aliados para compor a Casa Branca e seu gabinete
Donald Trump foi pego de surpresa ao vencer a eleição presidencial de 2016, mas agora, com sua equipe bem preparada, está agindo rapidamente. Já nomeou vários nomes para posições-chave, preenchendo a Casa Branca e o gabinete com leais ao seu projeto de governo. Alguns desses nomes ainda precisam de confirmação do Senado, mas, com a maioria republicana, dificilmente serão barrados.
Veja a seguir os principais indicados por Trump para áreas como segurança nacional, política externa e imigração.
Trump causou surpresa ao indicar Pete Hegseth, âncora da Fox News e veterano do Iraque e Afeganistão, mas sem experiência em cargos de governo. Fiel a Trump, ele frequentemente defendeu o presidente em seu programa. Hegseth se posiciona contra a "correção social" nas forças armadas, apoiando restrições a mulheres em combate e o fim de iniciativas de diversidade.
Elon Musk, fundador da Tesla e SpaceX, liderará o recém-criado Departamento de Eficiência Governamental, ou DOGE. Com Vivek Ramaswamy ao lado, Musk se concentrará em reduzir desperdícios, cortar regulamentações e reestruturar agências federais. Trump anunciou que o departamento concluirá seu trabalho em 4 de julho de 2026, mas ainda não detalhou o orçamento ou o poder real que a nova agência terá.
Ex-diretor de Inteligência Nacional e aliado de Trump, John Ratcliffe foi escolhido para liderar a CIA. Trump elogiou Ratcliffe por desmascarar "fraudes da campanha de Clinton" e abusos do FBI. Sua nomeação gera preocupação pela ênfase em confrontar o Partido Democrata.
A governadora Kristi Noem, conhecida por seu apoio às políticas de imigração de Trump, foi indicada para o Departamento de Segurança Interna. Noem comandará agências como o ICE e a FEMA e deve adotar uma linha dura em relação à imigração.
Empresário e ex-candidato presidencial, Ramaswamy se junta a Musk para liderar o DOGE, focado em reduzir regulamentações governamentais. Após o anúncio, Ramaswamy criticou a “burocracia” federal e defendeu um corte drástico na máquina pública.
Veterano e membro dos comitês de Serviços Armados e Relações Exteriores na Câmara, o deputado Mike Waltz (Flórida) foi escolhido para conselheiro de Segurança Nacional. Conhecido por sua postura linha-dura contra a China e o Irã, Waltz também se destaca por seu apoio a Israel e sua presença frequente na Fox News.
O ex-governador Mike Huckabee, defensor ardente de Israel, foi nomeado embaixador. Trump destacou sua fé cristã e compromisso com a paz no Oriente Médio. Huckabee já declarou que não apoia uma solução de dois Estados e questionou a existência de um "Estado palestino".
Trump anunciou Bill McGinley, advogado de longa data do Partido Republicano, como seu conselheiro jurídico. McGinley, conhecido por seu trabalho em "integridade eleitoral," terá o papel de proteger o presidente eleito de potenciais consequências legais.
O senador Marco Rubio, que antes rivalizou com Trump, foi escolhido para liderar a diplomacia dos EUA. Rubio é crítico da China e apoia Israel, defendendo que o país enfrente o Hamas sem trégua.
Empresário e amigo de Trump, Steve Witkoff foi indicado como enviado especial para o Oriente Médio. Trump elogiou Witkoff por tornar as comunidades mais prósperas e confia que ele trará orgulho ao país.
Ex-deputado com histórico contrário a políticas ambientais, Lee Zeldin assumirá a EPA com a missão de desregulamentar o setor e fortalecer a indústria de combustíveis fósseis. Zeldin já se posicionou contra políticas de energia limpa e minimizou a seriedade das mudanças climáticas.
Conselheiro-chave durante o primeiro mandato de Trump, Stephen Miller agora volta ao governo com forte influência nas políticas de imigração. Conhecido por suas posições rígidas, ele será peça central no plano de Trump para deportações em massa.
A deputada Elise Stefanik, leal apoiadora de Trump, foi escolhida como embaixadora na ONU. Trump a descreveu como defensora da segurança nacional e da política "America First". Stefanik também é uma forte apoiadora de Israel.
Conhecido por liderar a política de separação familiar, Tom Homan foi o primeiro nome anunciado por Trump para comandar a segurança nas fronteiras e as deportações. Homan promete uma postura ainda mais rigorosa nesta nova administração.
Susie Wiles, copresidente da campanha de Trump, foi escolhida como chefe de gabinete da Casa Branca. Ela será a primeira mulher a ocupar o cargo e terá a difícil tarefa de balancear a linha de comunicação direta com Trump enquanto tenta manter estabilidade na Casa Branca.