Ex-baixista do Pink Floyd critica apoio de candidatos às ações de Israel na Palestina e defende candidaturas independentes
O músico Roger Waters publicou em suas redes sociais um pedido para que seguidores não votem em Kamala Harris ou Donald Trump nas próximas eleições dos EUA, marcadas para 5 de novembro. Waters criticou o posicionamento dos candidatos sobre o conflito Israel-Palestina, declarando que “ambos apoiam o assassinato de crianças” e são “maus além da imaginação, não existe um mal menor”.
Em vez disso, o ex-baixista do Pink Floyd sugeriu aos fãs que apoiem candidatos independentes, como Dr. Jill Stein, Butch Ware, Cornel West, Melina Abdullah e o candidato do Partido da Igualdade Socialista, Joseph Kishore, com o vice Jerry White.
Kamala Harris, candidata do Partido Democrata, já afirmou que Israel tem o direito de se defender, mas também destacou o sofrimento dos palestinos, defendendo uma solução de dois estados. Harris, contudo, não detalhou planos concretos para essa questão. Embora tenha solicitado ao governo israelense maior fluxo de ajuda humanitária, ela não apoia um embargo de armas a Israel. No início de 2024, Harris defendeu a decisão do presidente Joe Biden de suspender temporariamente o envio de bombas de 2.000 libras a Israel.
Donald Trump, por sua vez, argumentou que o ataque do Hamas em outubro de 2023 nunca teria ocorrido sob seu governo. Durante seu mandato, Trump transferiu a embaixada dos EUA para Jerusalém e pôs fim a décadas de oposição americana aos assentamentos israelenses na Cisjordânia ocupada, decisão posteriormente revertida pelo governo Biden. Em um debate em junho, Trump respondeu “preciso ver” ao ser questionado sobre seu apoio a um estado palestino independente.
Em 2023, Waters criticou publicamente o músico Nick Cave, que chamou de “embaraçoso” o apoio de Waters ao movimento de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) contra Israel. Waters, apoiador do BDS desde 2011, afirmou que não aderir ao movimento contribui para “branquear a ocupação sionista, roubo de terras, apartheid e genocídio” contra os palestinos.