Joey Belladonna, vocalista da banda, esbanjou uma energia e jovialidade surpreendentes
Nesta sexta, 3, o Anthrax tocou, surpreendentemente, pela primeira vez no Rock in Rio. E isso certamente foi um momento histórico para a banda, já que surgiram em 1981 e foram um dos grupos mais populares de thrash metal dessa geração.
Lendas desse subgênero do metal, o grupo não perdeu a oportunidade de fazer cada momento no palco valer a pena. Energéticos e intensos, fizeram a plateia pular e vibrar a cada mudança veloz de acorde e virada brutal de bateria.
Mas, por mais que o instrumental tenha sido executado com a devida perfeição esperada de veteranos como eles, foi o líder Joey Belladonna o responsável por brilhar de maneira incontestável.
Com 58 anos de idade, o vocalista, vestido com a camiseta da própria banda, mostrou-se incansável e extremamente esforçado em dar o máximo de si.
Com a postura e o linguajar de um jovem raivoso que precisa demonstrar pelas palavras a sua rebeldia, percorreu todo o palco, brincou e provocou os guitarristas durante os solinhos e pediu para o público cantar junto constantemente. "Vocês estão pegando fogo, eu amo vocês!", gritou com paixão.
Apesar de todo esse esforço, é impossível negar que a idade já começou a cobrar uma taxa de vivência. O cansaço físico e vocal foi notável, mas em momento algum isso afetou o quanto Belladonna estava satisfeito de estar ali
Como parte da turnê For All Kings, o Anthrax apresentou uma setlist montada para o delírio dos fãs de thrash metal. O início e o encerramento foram marcados pelo cover de "Cowboys From Hell", do Pantera.
Além dessa, o show contou também com "Cought In a Mosh", "Madhouse", "Now It’s Dark" e "Indians", que teve até a participação inusitada de Chuck Billy, do Testament, que tocou mais cedo com as bandas brasileiras Claustrofobia e Torture Squad.
A Rolling Stone Brasil está no Rock in Rio 2019 a convite da Natura Musical