Arctic Monkeys lançou The Car, aguardado 7º disco de estúdio, nesta sexta, 21; confira os destaques
Arctic Monkeys está de volta com The Car, aguardado sétimo disco de estúdio. Como o prometido por Alex Turner, o disco continua de onde seu antecessor, Tranquility Base Hotel & Casino parou, mas com mais maturidade.
As 10 faixas do álbum contam com ainda mais arranjos de cordas, na primeira vez em que a banda trabalhou com uma orquestra de fato. James Ford, o produtor conhecido como "quinto integrante" da banda britânica, é um dos elos entre as eras, mantendo a identidade do Arctic Monkeys mesmo durante mudanças mais radicais.
Confira as cinco melhores músicas de The Car, novo disco do Arctic Monkeys:
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Um dos singles de The Car, "Body Paint" parece pedir por uma execução ao vivo, com encaixe perfeito no setlist do Arctic Monkeys. A faixa conta com todas as novidades sonoras do disco, incluindo guitarras mais presentes e uma ponte que lembra trabalhos dos Beatles.
Carregando o que há de melhor em Tranquility Base Hotel & Casino, "Big Ideas" surpreende com a levada tímida do baterista Matt Helders e a união perfeita entre os arranjos de piano e cordas. Em uma versão mais dramática de "One Point Perspective," Turner canta de forma metafórica sobre o que parece ser a composição do disco e a trajetória da banda. O solo de guitarra completa a música com um dos pontos positivos de The Car, que não abandona as raízes do grupo completamente.
Uma favorita instantânea dos fãs de Arctic Monkeys. A faixa começa de forma minimalista, levada pela percussão abafada e sintetizadores graves, culminando em um mergulho da banda no rock de arena que os consagrou. Como antecipado pelo vocalista em entrevista à rádio holandesa NPO 3FM, "Sculptures of Anything Goes" guarda os maiores resquícios da sonoridade de AM (2013).
O baixista Nick O'Malley é um dos destaques da canção. Com bastante swing, "Big Ideas" também não está distante dos maiores sucessos comerciais da banda, e apresenta interessantes dobras de baixo e guitarra, além dos falsetes de Alex, presentes por todo o projeto.
Talvez uma das maiores novidades em The Car seja a aproximação do funk. O riff cheio de wah-wah e a bateria marcada funcionaram bem com o resto do disco - e até retornam com menos intensidade em "Jet Skis on the Moat." O título e a letra carregam parte da abstração mencionada por Alex em entrevistas sobre o disco, embora não deixe de representar a incerteza sobre os próprios rumos.