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Músicas ao Natural

Longe das pistas, o duo Madrid prepara uma estreia sombria e “sem máscaras”

Murilo Basso Publicado em 11/05/2012, às 17h12

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UNIÃO
No Madrid, Adriano Cintra e Marina Vello tentam fazer diferente - divulgação
UNIÃO No Madrid, Adriano Cintra e Marina Vello tentam fazer diferente - divulgação

Adriano Cintra e Marina Vello fizeram parte de duas das ban das brasileiras que mais des pontaram no cenário inde pendente internacional, o CSS e o Bonde do Rolê, respectivamente. Agora a dupla se reúne para um trabalho bem distinto do realizado nos projetos anteriores. “O que tem é um pouco do Ultrasom. Só balada desgraçada de triste”, conta Cintra, referindo-se a outra das antigas bandas dele. “Eu toquei em uma banda punk meio pré-emo, que também era desgraçada”, completa Marina.

O novo grupo, O Madrid, é marcado pelo tom mais sombrio das canções, como em “Siblings”, com forte presença do piano dele e dos vocais melancólicos dela. E, embora não tenha sido intencional, o clima mais denso reflete um momento extremamente pessoal da vida dos integrantes, quase uma resposta ao passado recente. “2011 foi o pior ano da minha vida e queria retratar isso de alguma forma”, diz Cintra. “Tudo que tenho vontade de fazer é um disco bonito e triste, que é algo que elas [integrantes do CSS] não sabem fazer.” Marina veio para o Brasil em novembro do ano passado, encontrou o novo companheiro e, em cinco dias, surgiram três músicas que geraram a faísca inicial do novo álbum, que deve sair no meio do ano pelo selo Coletiva Produtora.

A estreia da dupla terá 13 faixas, incluindo uma versão de “I Fly”, lançada no segundo álbum do Cansei de Ser Sexy, Donkey (2008). “Vamos produzir nosso clipe, fizemos a capa do disco. Temos o controle de tudo”, explica o músico. “E é o que sempre quisemos.” Para Marina, o objetivo é soar o mais sincero possível. “Não vamos mascarar nada. Os errinhos vão aparecer, porque é isso que dá alma ao disco. No fundo, não é algo que as pessoas esperavam da gente. Esperavam algo para as pistas com elementos eletrônicos. Cansamos disso, agora só queremos tocar.”