Rolling Stone Brasil
Busca
Facebook Rolling Stone BrasilTwitter Rolling Stone BrasilInstagram Rolling Stone BrasilSpotify Rolling Stone BrasilYoutube Rolling Stone BrasilTiktok Rolling Stone Brasil

Dado Villa Lobos comenta projeto do Legião Urbana e pede “impeachment de Temer”

Guitarrista se diz favorável a “mudança completa” no sistema político e garante que turnê comemorativa chega ao fim este ano

Lucas Brêda, de Ribeirão Preto Publicado em 21/06/2016, às 13h38 - Atualizado às 14h22

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Dado Villa-Lobos e André Frateschi com o show de 30 anos do Legião Urbana no João Rock 2016 - Deivide Lima/Divulgação
Dado Villa-Lobos e André Frateschi com o show de 30 anos do Legião Urbana no João Rock 2016 - Deivide Lima/Divulgação

Dado Villa Lobos tocou no festival João Rock, no último sábado, 18, com o baterista Marcelo Bonfá e o vocalista André Frateschi, levando a Ribeirão Preto (SP) a turnê comemorativa dos 30 anos do primeiro álbum do Legião Urbana. Acontecendo desde 2015, os shows de celebração acabam este ano, segundo o guitarrista.

“Não [vamos continuar com relançamentos e turnês comemorativos do Legião Urbana], senão eu não paro mais!”, disse Villa Lobos em entrevista à Rolling Stone Brasil, nos camarins do João Rock. “O plano é encerrar agora no fim do ano e talvez fazer no ano que vem esporadicamente.”

LEIA TAMBÉM

[Cobertura] Saiba como foi o João Rock 2016

[Lista] Os 100 maiores discos da música brasileira

[Entrevista] Como surgiu a turnê Legião Urbana XXX Anos

O disco de estreia do Legião Urbana, autointitulado, saiu em 1985, enquanto a sequência dele, Dois, foi lançado no ano seguinte (completando o 30º aniversário em 2016). De acordo com o guitarrista, a data não vai render uma excursão semelhante a Legião Urbana XXX Anos, e o projeto atual foi para lembrar de quando ele, Bonfá e Renato Russo estavam começando o grupo.

“Vamos continuar só esporadicamente e só se não conseguirmos chegar [em 2016] em alguns lugares”, acrescentou Villa Lobos, que também revelou ter um disco solo encaminhado (assim como Bonfá). “É para celebrar realmente o primeiro disco, de quando a gente era realmente moleque. É bom.”

Ele também comparou a experiência de tocar as músicas da banda atualmente e há 30 anos. “Hoje em dia sou mais seguro, estou entendendo mais aquilo tudo, o que essas músicas representam para mim e para o público”, disse ele. “Essas canções transformam pessoas. Eu fui transformado pela música, quando tinha 10, 15 anos de idade. Então, hoje, eu sei o valor que isso tem.”

Falando sobre política, Villa Lobos defendeu que um espaço como o João Rock não era exatamente adequado para manifestações de artistas. “Tivemos uma overdose de informação nesses últimos tempos, está difícil”, comentou. “Mas acho que o festival, aqui, não é lugar para isso. As pessoas estão aqui justamente para esquecer um pouco disso.”

“É claro que acabamos lembrando-os”, continuou o guitarrista, questionado pela reportagem se músicas como “Que País É Esse?” e “Perfeição” – presentes no setlist do show da banda – não seriam inevitáveis referências à política. “É... Aí fodeu, né? Aí não tem jeito.”

No fim da conversa, ele também deu as opiniões sobre o momento político do país. “Quero que haja uma mudança de modelo completa, uma transformação no Brasil”, disse. “Sou a favor do impeachment do [atual presidente interino, Michel] Temer, de tirar todo mundo. Não sei como e nem se estamos preparados para isso. Mas é um dia após o outro.”