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Demitido, Dante Mantovani, que disse que ‘os Beatles foram invenção socialista para fazer garotas abortar’, volta a ser presidente da Funarte

Maestro foi exonerado do cargo, em março, por Regina Duarte

Redação Publicado em 05/05/2020, às 09h21

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Dante Mantovani (Foto: Reprodução/YouTube)
Dante Mantovani (Foto: Reprodução/YouTube)

Dante Henrique Mantovani retornou à presidência da Fundação Nacional de Artes (Funarte), dois meses ser demitido do cargo por Regina Duarte, Secretária de Cultura do governo de Jair Bolsonaro. A readmissão do maestro foi publicada no Diário Oficial da União nesta terça, 5, por decisão de Walter Souza Braga Netto, ministro da Casa Civil. 

Nomeado para o cargo pela primeira vez por Roberto Alvim, em dezembro de 2019, Mantovani chamou atenção pelo conteúdo produzido no canal próprio do YouTube, com vídeos de apoio a teorias da conspiração, algumas relacionadas a determinados gêneros musicais. 

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“O rock ativa a droga, que ativa o sexo, que ativa a indústria do aborto”, alegou em um registro. "A indústria do aborto por sua vez alimenta uma coisa muito mais pesada que é o satanismo”. Outra teoria apontava os Beatles como “agentes infiltrados” marxistas, na missão de “desestabilizar a juventude americana”. 

Em edital do Prêmio de Apoio a Bandas de Música 2020, de janeiro, para premiar bandas com instrumentos de sopro, o concurso proibia a participação de alguns grupos, como “bandas de rock”. Em nota de esclarecimento após a polêmica, a Funarte explicou que não se tratava de “uma novidade da gestão Dante Mantovani", e os requisitos eram idênticos aos anos anteriores. 

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Em vídeo publicado em abril, Mantovani falou sobre a polêmica. "Me pintaram como um louco, um palhaço e retardado. (...) Não foi uma declaração, quando rgavei aquele vídeo, estava me dirigindo a alunos, era uma explicação de livros de outros autores", explicou. "Se eu, enquanto representante do Estado, falasse 'Olha, o rock é isso e isso', seria uma declaração, mas não foi o caso."


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