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João de Deus é condenado a quase 100 anos de prisão em três novos processos

Com a nova condenação, as penas de João Teixeira de Faria já somam mais de 370 anos de reclusão

Redação Publicado em 10/07/2023, às 14h25 - Atualizado às 14h30

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João de Deus (Foto: Filipe Cardoso / Metrópoles)
João de Deus (Foto: Filipe Cardoso / Metrópoles)

João Teixeira de Faria, o autointitulado médium João de Deus, foi condenado, nesta segunda-feira (10), em mais três processos que somam pena de quase cem anos de prisão. As condenações são pelos crimes de estupro de vulnerável e violação sexual mediante fraude contra oito mulheres, entre os anos de 2010 e 2018 (via g1)

Além da condenação, ele também foi condenado ao pagamento de indenização por danos morais às vítimas, em valores de até R$ 100 mil. Mesmo com a condenação para o regime fechado, o condenado segue em prisão domiciliar.

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Com a nova condenação, as penas de João Teixeira de Faria já somam 370 anos, 9 meses e 15 dias de reclusão. O Ministério Público ainda aguarda sentença para outros quatro processos contra ele, todos já em fases de alegações finais, segundo o Tribunal de Justiça do Estado.

A defesa do ex-líder da Casa de Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, nega que ele tenha cometido qualquer violência sexual, e recorre de todas as sentenças.

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Preso em dezembro de 2018, após as denúncias virem à tona no programa Conversa com o Bial, da TV Globo, ele foi liberado para prisão domiciliar em março de 2020, por conta da pandemia de Covid-19. Com 82 anos, é improvável que João de Deus volte à prisão, segundo o Ministério Público.

Vale lembrar que o caso João de Deus ganhou novo fôlego na mídia graças aos documentários feitos sobre o caso nos últimos anos, entre eles: a docusérie do Canal Brasil, Os Últimos Dias de Abadiânia (2022), protagonizada por Marco NaniniJoão de Deus: Cura e Crime (2021), da Netflix Em Nome de Deus (2020), do Globoplay.

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Entenda o caso

João Teixeira é acusado de abusar de fiéis que iam até a Casa de Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, em busca de uma cura espiritual. Ele as convidava para atendimentos individuais, após as correntes coletivas de oração e, a porta trancadas, cometia crimes sexuais sob a justificativa de que eram, na verdade, tratamentos. 

O centro espiritual, motor econômico de Abadiânia, chegou a receber 10 mil turistas por semana. Após a prisão de seu então líder, pousadas, restaurantes e cafés foram fechados. Algumas dezenas de fiéis ainda passam por ali em busca de curas, mesmo que não haja outro líder ocupando o lugar de João Teixeira de Faria.