Adaptações de jogos para o cinema tem um histórico de vários fracassos, mas alguns longas deram muito certo, assim como o do ouriço azul da Sega
Vinicius Santos Publicado em 19/02/2020, às 15h35
As adaptações de títulos do mundo dos games para o cinema tem uma história complicada. Desde o primeiro longa-metragem adaptado, Super Mario Bros. (1993), que foi um completo fracasso de crítica e bilheteria, esse nicho de filmes foi marcado por várias decisões questionáveis, produções problemáticas e vários gamers saindo das sessões decepcionados.
Mesmo assim, as franquias continuaram sendo adaptadas e surpreendente alguns sucessos, como é o caso de Sonic: O Filme, que apesar dos tropeços durante a produção, teve uma estreia forte e considerável aprovação da crítica.
Vamos então relembrar os piores e os melhores filmes de games, conforme a avaliação da plataforma Rotten Tomatoes classifica os longas.
Essa adaptação de um dos games da série Alone In The Dark, reverenciada pelo público por ter fundado o gênero survival-horror (games de sobrevivência com foco no terror e tensão), é um dos maiores fracassos do diretor alemão Uwe Boll. Apesar de ser fanático pelos videogames, ele é um péssimo cineasta e uma pessoa muito agressiva, conhecido por brigar com qualquer crítico dos filmes dele.
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A intenção era fazer um filme de terror centrado no investigador paranormal Edward Carnby (Christian Slater), porém a única emoção que o filme causa é vergonha alheia com os clichês mal aplicados e risadas em cenas que deveriam assustar. Mais marcante nos filmes de Uwe Boll é o prejuízo que causavam: Alone In The Dark custou US$ 20 milhões e rendeu US$ 12,7 milhões na bilheteria, ou seja, um prejuízo de US$ 8 milhões.
Apesar do sucesso de bilheteria de Mortal Kombat (1995), o segundo filme da adaptação da franquia de jogos de luta teve uma recepção completamente negativa.
Com doses excessivas de computação gráfica ruim, cenas de luta sem sentido e personagens sem o mínimo de carisma, o filme foi rejeitado mesmo pelos que gostaram do primeiro e teve um prejuízo de pouco mais de US$ 21 milhões.
Para mais uma obra infame de Uwe Boll, a adaptação do jogo de tiro clássico House of The Dead se passa em vários lugares, exceto em uma casa. Um grupo de adolescentes vai para uma ilha remota curtir uma rave e são surpreendidos por zumbis.
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A premissa é tão ridícula quanto as cenas de ação, absurdas e com todos os clichês do gênero usados ao mesmo tempo: câmera lenta, tiroteiros intermináveis e ainda por imagens do jogo clássico usadas sem contexto nenhum.
A história do filme do Sonic é um exemplo de resiliência na indústria do cinema Após um começo catastrófico, com a revelação do primeiro visual (pavoroso) do ouriço azul, o diretor Jeff Fowler e o estúdio Paramount assumiram o compromisso de redesenhar inteiramente o personagem, o que valeu muito a pena.
Além do visual mais fofo e carismático, Sonic abraçou completamente o espírito de “aventura de sessão da tarde”, com um apelo para toda a família assistir e servindo de desculpa perfeita para Jim Carrey voltar ao estilo de atuação maluco que o tornou mundialmente famoso, dessa vez na pele do vilão megalomaníaco Dr. Robotnik.
Pokémon: Detetive Pikachu teve uma iniciativa ousada: adaptar um spinoff da famosa franquia, distante da história clássica de Ash e com Ryan Reynolds dublando o Pikachu investigador. A ideia funcionou muito bem, tornando-se um filme fácil de ser assistido por qualquer público e com grande sucesso em transformar os adoráveis pokémons em bons personagens feitos em computação gráfica.
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Angry Birds conseguiu inspirar dois longa-metragens animados de sucesso ao incorporar elementos do jogo de celular a uma trama simples e bem-humorada.
Aliás, humor é o ponto-chave dos filmes: ao investir em um elenco de atores comediantes de peso como Jason Sudekis e Leslie Jones (ambos de Saturday Night Live), Josh Gad (Frozen, de 2013) e Bill Hader (Barry, de 2019), Angry Birds 2: O Filme é uma comédia recheada de entretenimento e que mostra a força e popularidade dos jogos mobile.
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