Atriz alega que Rebel Wilson fez uma falsa acusação de agressão sexual sobre ela

Uma complexa disputa legal envolvendo a atriz australiana Charlotte MacInnes e a também atriz e diretora Rebel Wilson emergiu em um caso de difamação multimilionário nos Estados Unidos. Documentos apresentados ao Tribunal Superior de Los Angeles revelam que MacInnes acusa Wilson de propagar inverdades sobre ela, além de alegar ter sido alvo de assédio e intimidação por parte da diretora durante as filmagens de The Deb (2024).

MacInnes, que atuou no filme de comédia exibido no Festival Internacional de Cinema de Toronto em setembro, afirma que Wilson continuou a repetir acusações de que uma das produtoras do filme, Amanda Ghost, teria cometido assédio sexual contra ela, mesmo após negar tais ocorrências.

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"Fiquei profundamente perturbada por esse comportamento e senti-me muito intimidada e assediada por Wilson, que estava em uma posição de autoridade sobre mim", declarou MacInnes. Ela refutou qualquer insinuação de má conduta, afirmando que as alegações são "completamente falsas e absurdas".

As supostas irregularidades sexuais constituem apenas uma das três principais acusações pelas quais os produtores Ghost, seu esposo Gregor Cameron e Vince Holden estão processando Wilson por difamação. Em sua defesa pública nas redes sociais e documentos judiciais, Wilson acusou ainda Ghost e Cameron de conspirarem para desviar cerca de 900 mil dólares australianos dos fundos do filme The Deb, além de outras alegações de intimidação e prisão ilegal.

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Wilson responde com uma ação judicial baseando-se nas leis anti-SLAPP da Califórnia, destinadas a proteger a liberdade de expressão em assuntos de interesse público, buscando anular as acusações de difamação contra ela. Os advogados dos produtores, entretanto, alegam que as declarações de Wilson contêm "múltiplas falsidades flagrantes" e caracterizam perjúrio evidente, sugerindo que o foco está em uma disputa comercial privada, não em um tema público.

Nos documentos apresentados ao tribunal estão inclusas declarações adicionais sobre conflitos relativos aos créditos do roteiro do filme, elemento que parece ter exacerbado a disputa judicial cujos custos legais podem atingir cifras milionárias.

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Os representantes dos produtores solicitaram ainda uma suspensão temporária do processo para investigar a origem de um site anônimo que teria feito graves acusações contra Ghost. Segundo eles, o site foi registrado dois dias após ameaças feitas por Wilson de tornar públicas informações prejudiciais.

Além disso, há alegações de que Bryan Freedman, advogado de Wilson, teria ameaçado "explodir" publicamente algum dos reclamantes com denúncias que incluíam "tráfico sexual", algo considerado prejudicial à reputação do filme.

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Os produtores também alegam que Wilson intimidou Hannah Reilly, roteirista do filme e beneficiária da bolsa Rebel Wilson para jovens dramaturgos. Após Reilly se recusar a conceder créditos de escrita a Wilson, esta buscou arbitragem com o Australian Writers Guild (AWG), mas teve seu pedido negado.

O tribunal está agendado para analisar o pedido anti-SLAPP de Wilson e a solicitação dos produtores por uma suspensão das ações judiciais em 21 de novembro.

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