Banda instrumental paulistana arrebatou o público do Cais da Alfândega, que pediu bis na madrugada desta terça, 21
Bruno Raphael, de Recife Publicado em 21/02/2012, às 13h31 - Atualizado às 14h09
O Bixiga70 teve uma recepção ótima em seu show no início da madrugada desta terça, 21, no Rec-Beat. Com atraso de pouco menos de 40 minutos, a big band paulistana subiu ao palco à 1h. A qualidade de som do grupo, que conta com dez integrantes, melhorou muito em relação ao da apresentação do Agridoce, outra apresentação daquela noite.
Para gostar de um show do Bixiga70 não se precisa ouvir o disco antes de vê-los. As canções do álbum homônimo da banda, como "Grito de Paz", "Tema di Malaika" e "Dub Vermelho" trazem consigo um virtuosismo inerente à banda, mas que passa longe do enfadonho graças à uma percussão contagiante e linhas de baixo e guitarra que se repetem com muito suingue. "A nossa música não tem letra, mas a mensagem é muito clara", disse o guitarrista Cris Scabello.
"A energia aqui é foda, cara", disse o percussionista Rômulo Nardes em entrevista à Rolling Stone Brasil após o show no Cais da Alfândega. "E muitas das referências da gente vêm de Recife. A gente ficou conhecido com esse lance do afrobeat, mas temos várias influências de música brasileira."
Com solos da seção de metais que empolgou o tempo todo no show, o Bixiga70 deixou o palco após pouco mais de uma hora de show. Aos gritos de "Mais um!" que vinham da plateia, os dez integrantes voltaram para um jam final, com todos esboçando sorrisos e mostrando que, mesmo sendo música instrumental, o Bixiga70 tem um apelo universal. "Vocês são o Bixiga70, nós somos a trilha sonora", finalizou o guitarrista e tecladista Mauricio Fleury.
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