Mais recente longa de Woody Allen estreia esta quinta-feira, 27, no Brasil
PETER TRAVERS Publicado em 27/08/2015, às 10h40 - Atualizado às 13h57
Livrar-se de um homicídio em um universo sem Deus é um tema que muito toca Woody Allen, de Crimes e Pecados (1989) a Ponto Final: Match Point (2005). Allen vê isso como uma piada cósmica. E, em O Homem Irracional – que estreia esta quinta, 27, no Brasil –, com a história de um professor de filosofia impotente e alcoólatra (Joaquin Phoenix) que tenta racionalizar o homicídio, Allen entrega humor negro ardendo de quente.
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Phoenix dá vida a Abe Lucas, um educador que odeia a si mesmo por deixar o ativismo mundano em Darfur e Nova Orleans para dar um curso de verão de estratégias éticas em Braylin, uma universidade ficcional em Rhode Island.
Os estudantes romantizam Abe, especialmente Jill Pollard (Emma Stone), que acha o namorado dela Roy (Jamie Blackley) uma estaca, em comparação. Abe desperta o mesmo interesse em Rita Richards (vivida por uma sutilmente peculiar Parker Posey), uma esposa infeliz da faculdade.
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Abe não consegue ter uma ereção. Não até que ele e Jill ouvem por acaso um diálogo, em um jantar, que envolve uma mulher sofrendo uma injustiça grave. Em uma troca que deve tanto a Hitchcock quanto aos grandes filósofos, Abe considera um crime de justiça, não paixão, ao qual ele não consegue se conectar por um motivo.
Para evitar spoilers, devo dizer que Allen criou a expectativa de um suspense que poderia ser exagerada como exercício intelectual se Phoenix e Emma não a tivessem infundido com humanidade pura. A bolha conceitual que Allen cria em O Homem Irracional é uma potente provocação feita para mantê-lo noites acordado.
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