O cineasta e dramaturgo David Mamet teria adotado linha antissemita que incomodou estúdio
Da redação Publicado em 25/09/2009, às 13h20
No mês passado, a Disney anunciou compra dos direitos para adaptar O Diário de Anne Frank, relato real de uma garota judia alemã às voltas com a ascensão nazista, escrito antes e durante a Segunda Guerra Mundial.
A guinada: David Mamet, dramaturgo e diretor de currículo provocador, entregou roteiro excessivamente sinistro para os padrões do estúdio. Como saldo, o projeto, desenvolvido por um dos chefes de produção da Disney, Oren Aviv, foi rejeitado por ser "muito sombrio", reportou o site The Wrap.
Pesou para o estúdio a abordagem de antissemitismo que Mamet adotou para a produção - que seria realocada ao século 21, e não passada em meados do século passado, como na história original. O plano do cineasta era contar a saga de uma garota que vai para Israel e aprende sobre os traumas de ataques suicidas deslanchados por palestinos e correntes anti-Israel em geral.
Em blog que mantém no site jornalístico The Huffington Post, Mamet escreveu, em 2006, a seguinte sentença: "Desde 1948, Israel lutou contra os invasores dedicados a matar judeus".
Atualmente, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, tenta mediar acordo entre o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o líder da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, sobre os limites de assentamentos judaicos na Cisjordânia.
A posição pouco flexível de Israel tem sido criticada por boa parte da comunidade internacional. Críticas não foram poupadas sequer pelos EUA, cuja gestão anterior, sob comando de George W. Bush, era uma das grandes aliadas do país.
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