A Aeronáutica brasileira confirmou que as outras seis pessoas que estavam no jatinho também morreram
Redação Publicado em 13/08/2014, às 12h38 - Atualizado às 13h58
Eduardo Campos, candidato à presidência do país pelo do Partido Socialista Brasileiro (PSB), sofreu um acidente aéreo em Santos, na região litorânea de São Paulo, nesta quarta-feira, 13. De acordo com o canal Globonews, o político nascido em Recife morreu no acidente.
A notícia de que o jatinho, uma aeronave, um Cessna 560XL, prefixo PR-AF, pertencia à equipe de Campos foi confirmada por Fábio Feldmann, coordenador do programa ambiental da campanha de Aécio Neves, candidato do PSDB, ao site do jornal O Estado de S. Paulo.
Ele viajava do Rio de Janeiro, no aeroporto Santos Dumont, e tinha compromisso político às 10h30, no Guarujá, no litoral paulistano. A Aeronáutica brasileira confirmou no início desta tarde que Campos e outras seis pessoas que estavam no jatinho (quatro passageiros e dois pilotos). Dentre os civis mortos estavam dois assessores, um fotógrafo e um cinegrafista que registravam a campanha do candidato.
A TV Globo afirma que a esposa e o filho poderiam estar na aeronave, mas a informação foi negada momentos depois.
O mau tempo teria sido o responsável pelo acidente do jatinho, já que os pilotos teriam tentado fazer o pouso no aeroporto de Guarujá, mas as condições estavam longe do ideal e a aeronave arremeteu. A queda se deu logo depois.
Segundo informações preliminares, Marina Silva, vice-candidata da chapa de Campos, teria o mesmo compromisso e viajaria no mesmo jatinho. Na última hora, apurou a Folha de S. Paulo, Marina decidiu voar em outro avião com seus assessores.
O jatinho estava em situação regular, informou o O Estado de S. Paulo. O certificado de aeronavegabilidade era válido até 22 de fevereiro de 2017.
Campos tinha 49 anos, sendo 27 deles dedicados à política, quando deixou a oportunidade de cursar mestrado nos Estados Unidos para participar na campanha que elegeu o avô dele, Miguel Arraes, como governador de Pernambuco – a triste coincidência é o fato de Campos ter morrido no mesmo dia que o avô, dia 13 de agosto. No ano seguinte, veio o primeiro cargo político, como chefe de gabinete do governador.
Nascido em 1965, Campos era filho do poeta Maximiano Campos e de Ana Arraes, ministra do Tribunal de Contas da União. Ingressou na Universidade Federal de Pernambuco para estudar economia aos 16 anos, formando-se aos 20.
O político se filiou ao Partido Socialista Brasileiro, o PSB, no ano 1990, no mesmo ano em que foi eleito deputado estadual de Pernambuco pela primeira vez. Depois disso, seguiu por três mandados como deputado federal, pelo mesmo estado.
Entre janeiro de 2004 a julho de 2005, o pernambucano assumiu o cargo de ministro de Ciência e Tecnologia do Brasil, durante a presidência de Luiz Inácio Lula da Silva. Dois anos depois, assumiu o governo do estado de Pernambuco, reeleito em 2010, como o mais votado governador do país, com 80 % dos votos.
Eduardo Campos deixa a esposa, Renata, e cinco filhos – um deles tem apenas um mês de idade.
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