Nickelback - Divulgação

“Eu não entendo muito bem”, diz integrante do Nickelback sobre o ódio à banda

O grupo se apresenta nesta sexta, 20, no Rock in Rio, e no domingo, 22, em São Paulo, antes do Bon Jovi

Stella Rodrigues Publicado em 20/09/2013, às 17h51 - Atualizado às 19h26

Com a indefectível simpatia canadense – aquela de que os norte-americanos caçoam em toda oportunidade que têm, nos filmes e séries – o baixista do Nickelback Mike Kroeger, irmão do frontman Chad, conversou com a Rolling Stone Brasil a respeito das apresentações no Brasil, que acontecem nesta sexta, 20, no Rock in Rio (às 22h10), e no domingo, 22, em São Paulo, antes do show do Bon Jovi, no estádio do Morumbi.

Esta é a primeira vinda do grupo ao país, o que é surpreendente, considerando que ele emplacou muitos hits por aqui. “Eu nem sei mais!”, respondeu logo de cara Mike, sabendo que seria “cobrado” a respeito dessa ausência. “Não tenho uma boa resposta para isso, realmente gostaria de ter. Acho que essa foi a primeira oportunidade que apareceu e deu certo! É uma parceira perfeita colocar a gente para abrir para o Bon Jovi. É uma daquelas coisas que acontecem. Tivemos o Brasil e a América do Sul na agenda muitas vezes e nunca deu certo.Eu sei que assim que tocarmos aí vamos pensar ‘por que nunca viemos?’. O Brasil parece ser muito forte em mídias sociais, é o país número um nas nossas redes sociais todas! É uma das razões que tornou mais urgente nossa ida, as pessoas estavam enlouquecendo”, disse o músico fã de Metallica, que parecia ainda mais ansioso de poder assistir ao show, realizado na noite da última quinta, 19.

O Brasil foi incluso em meio a uma turnê que parece não ter fim. Toda vez que as datas parecem estar minguando, o Nickelback surpreende anunciando mais um braço. Os shows do disco Here and Now já duram dois anos e vão, pelo menos, até janeiro de 2014. “Tem sido bem cansativo ficar na estrada, mas geralmente quanto mais longa a turnê... significa que o disco foi bem-sucedido! Você aprende os truques para... não se matar [risos]. Você fica meio cansado, mas não é como se a gente trabalhasse em uma carvoaria! Não é o pior trabalho do mundo”, ri.

Em janeiro, quando tiverem essa pausa, o plano é entrar de verdade em estúdio. “Estamos focados no próximo disco, tentamos ir para o estúdio sempre que possível, intercalando com os shows. Temos quatro músicas resolvidas. Entre a América do Sul e a Europa teremos algumas semanas, e depois um monte de shows, só paramos mesmo em janeiro”, diz. Enquanto isso, organizam um disco de “greatest hits” programado para segunda parte do ano que vem: “ainda estamos acertando os detalhes”, explica, afirmando que uma nova troca de selo está nos planos, o que atrasa o processo, mas sem dar muitos detalhes.

Apesar de toda a “simpatia canadense” de Mike, é preciso lembrar que o Nickelback é considerada uma das bandas mais odiadas do mundo. É curioso notar como o grupo tem essa reputação, especialmente Chad, que já arrumou algumas confusões por isso, mas ainda assim está na ativa há anos e com hits conhecidos em muitos países.

“Toda vez que falo com gente de outros países, da Europa, da Ásia, recupero minha fé na humanidade. Perguntam muito ‘não entendo essa mentalidade do odiador, me explica?’. Eu não entendo muito bem também, mas eu lembro quando Bon Jovi fez muito sucesso e todo mundo se voltou contra a banda, de repente, mas ainda iam nos shows. A mesma coisa aconteceu com o Metallica e o Def Leppard. Parece que todas as bandas de rock, depois de um tempo, ficam grandes demais para as pessoas e todo mundo passa a odiar. E com a internet, isso amplificou. É tão mais fácil odiar com ela. As pessoas sempre foram assim, elas querem gostar de algo, indicam para os outros e depois que todo mundo passa a gostar, passa ser mais divertido odiar”, teoriza.

“Photograph”

Se um sucesso pode ser citado como o responsável por tornar o Nickelback a banda que é hoje, é preciso que seja “Photograph”, faixa do disco All the Right Reasons que fala, basicamente de nostalgia. De olhar para trás e relembrar com carinho daquele lugar de onde você veio e para onde gosta de voltar quando possível, mesmo que agora esteja ocupado indo a tantos outros lugares. Com 18 anos de carreira e sucesso internacional, certamente os integrantes sabem um pouquinho sobre o que isso significa.

“É providencial você me perguntar isso neste momento porque acabei de organizar minhas fotos todas no computador, eram milhares! E foi muito engraçado, tem coisas do nosso começo, lembrei de várias coisas que tinha esquecido. Tem umas imagens hilárias da época que a gente começou a viajar para fora do país. Pensa só, eram quatro caras do Canadá que nunca tinham ido muito longe. E de repente você se vê, sei lá, na Alemanha. E acho que vai ser a mesma coisa no Brasil, vamos nos sentir novatos mais uma vez, o legal de ir para um lugar novo é isso”, completa ele, que garante que não escutou “Photograph” enquanto cumpria a tarefa hercúlea de organizar as fotos. “Seria um pouco autorreferente demais.”

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