Para o presidente da Câmara, a crise do coronavírus deve ser o principal foco do governo no momento
Redação Publicado em 11/06/2020, às 08h00
Rodrigo Maia, deputado federal e presidente da Câmara dos Deputados, afirmou que “não é a hora” de pensar em um possível impeachment de Jair Bolsonaro, mas de planejar como controlar a transmissão de coronavírus no país, que deve alcançar a marca de 40 mil mortes em breve, segundo o político.
“É muito importante que a gente unifique o que nos une nesse momento tão difícil para que a gente possa passar por esse momento. O segundo momento, o movimento contra o presidente Bolsonaro pode crescer ou não, o movimento pró Bolsonaro pode crescer ou não, isso é outro momento. O que a gente não pode é estar olhando 2022 em meio a uma pandemia”, disse o deputado em entrevista à Rádio Gaúcha.
De acordo com O Globo, Maia também foi questionado sobre os pedidos da população para tirar do Presidente da República do cargo e respondeu que não é a favor dos protestos por causa das aglomerações.
“Não é hora de discutir impeachment. É hora de discutir a união do Brasil, de salvar vidas, de salvar empregos. Eu como sempre fui contra as manifestações no período da pandemia, não contra manifestação, mas contra aglomeração neste momento, eu também não posso ser a favor de novas manifestações. Eu acho que neste momento, as aglomerações vão gerar uma aceleração da contaminação e perdas de vidas.”
O deputado comentou sobre os conflitos entre Bolsonaro e Wilson Witzel, governador do Rio de Janeiro que acusou o Presidente da República de interferir em mandados de busca e apreensão feitos na casa dele.
“Eu sempre disse aos governadores, principalmente ao governador do Rio, que o papel dele não era ser oposição ao presidente da República. Isso nunca tinha funcionado no Brasil”, disse.
Maia continuou: “Independente de erros, de pressões, eu não tenho essas informações, mas às vezes tem essa sinalização na fala do presidente, mas eu acho que o correto é que quem ganhou para ser Executivo ter uma relação de harmonia entre os poderes, de independência, é claro, respeito ao pacto federativo, aos entes federados”.
Apesar de ter dito que o momento pede menos conflitos político, Maia falou que é comum “em uma operação que envolva um governador, o governo, o presidente da República, receba a informação, não do conteúdo, mas do que vai acontecer, do que pode acontecer”.
Em seguida, o político afirmou que alguém deve ter “vazado” informações para a deputada Carla Zambelli, a qual informou em uma rádio que os governadores seriam investigados um dia antes do início da operação.
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O deputado ainda respondeu às críticas feitas ao STF - Supremo Tribunal Federal -, que recebeu acusações de abuso de poder do vice presidente, Hamilton Mourão, e disse que o governo federal deveria melhorar as articulações da instituição para lidar com a atual crise.
“Do ponto de vista concreto, todos estão respeitando. No discurso alguns estão derrapando, falando além do que deveriam, que é o seu papel. Se há a ideia do vice-presidente Mourão que o Supremo está passando dos limites, cabe recurso”.
Ele completou: “No julgamento do Supremo sobre os limites de cada poder, ficou muito claro que o poder de coordenação era do governo federal. Cabe a gente pedir ao governo federal que melhore a sua articulação, a sua coordenação em relação às ações, todas as ações do governo, mas principalmente as de enfrentamento ao coronavírus”.
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