Pelo Twitter, o pai de uma das vítimas rebateu o comediante
Redação Publicado em 01/01/2019, às 21h03
O comediante Louis C.K. está envolvido com novas polêmicas. Durante uma apresentação, ele ironizou os sobreviventes do massacre de Parkland, na Flórida, que deixou 17 mortos na escola Marjory Stoneman Douglas, em fevereiro em 2018.
O público geral ficou sabendo da “brincadeira” do comediante porque um dos presentes no show gravou o áudio e publicou no Youtube.
Segundo o usuário, a apresentação aconteceu no último 16 de dezembro, no Governor’s Comedy Club, em Long Island, e foi um teste para as novas piadas.
O comediante passou um tempo afastados dos palcos pois foi acusado de assédio por cinco colegas em 2017. Desde agosto do ano passado, ele tem tentado recuperar o prestígio.
Durante o show publicado na internet, C.K. diz que os estudantes de Parkland “não são interessantes por terem estudado num colégio onde jovens foram mortos”.
"Eles estão falando no Congresso, esses garotos? Você não é interessante porque estudou num colégio onde garotos foram mortos.”
Desde o massacre, os estudantes da escola atacada têm liderado um movimento que pede maiores restrições à venda de armas.
“Isso quer dizer que eu tenho que te ouvir?”, continuou o comediante. “Por que isso te faria interessante? Você não foi morto. Você empurrou alguma criança gorda no caminho e agora eu tenho que te ouvir falando?”
O pai de uma das vítimas de Parkland rebateu as declarações pelo Twitter.
"Se alguém conhecer Louis C.K., por favor entregue essa mensagem para mim. Minha filha foi morta no massacre de Parkland. Meu filho correu das balas. Eu e minha mulher lidamos com a perda todos os dias. Por que você não vem à minha casa e testa suas novas piadas patéticas?”
Durante o mesmo show, Louis C. K. disse estar chateado com a nova geração: ele ridicularizou jovens que se identificam como não-binários peçam para serem chamados pelo pronome "eles", no lugar de "ele" ou "ela".
"Eles são como realeza. Eles que te dizem como você deve chamá-los. 'Você tem que me chamar por ‘eles’, ‘Porque eu me identifico como gênero neutro'. Ah, ok, ok. Você deveria me chamar como ‘lá’, porque eu me identifico com um lugar.”
Quando os escândalos de abuso sexual vieram à tona, os contratos dele foram encerrados, assim como o lançamento do filme "I Love You, Daddy", o qual ele dirigiu.
Na época, o comediante confirmou a veracidade das acusações e achou melhor se afastar do trabalho por um tempo.
Ele voltou a se apresentar em clubes, mas não fala sobre os abusos.
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