Gabriel Rocha e Victor Giménez , criadores do jogo - Lucas Borges

“Nerds” brasileiros vingam-se do bullying criando jogo de sucesso e fazem história em premiação da Apple

Gabriel Rocha e Victor Giménez ganharam o Apple Design Awards 2015 graças ao jogo jump-O

Lucas Borges, de São Francisco (EUA) Publicado em 11/06/2015, às 12h51 - Atualizado em 16/06/2015, às 12h45

Um grupo de 39 estudantes brasileiros foi convidado a viajar a São Francisco, nos Estados Unidos, para participar da 26ª edição da WWDC, conferência que reúne anualmente desenvolvedores da Apple e jornalistas de mais de 70 países.

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Nerds confessos, os formandos da PUC-PR Victor Giménez e Gabriel Rocha - nessa ordem a partir da esquerda na foto acima -, não chamaram atenção no evento pelas roupas comportadas ou pelos gestos tímidos. Eles eram apenas mais dois aficionados por tecnologia no meio da multidão de geeks que tomou conta do Moscone Center por cinco dias durante o mês de junho.

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Mas graças ao fato de se sentirem deslocados do resto do mundo - ou de um dia terem se sentido assim -, estes dois profissionais da computação conquistaram uma honraria inédita para o país. Hoje, eles carregam nas mãos um troféu para mostrar aos valentões que infernizaram a vida deles nos tempos de colégio: Gabriel e Victor são os primeiros brasileiros a levar para casa o Apple Design Awards.

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“Conhece ‘Hoje não’? É assim, você chegava na escola e se não dissesse ‘hoje não’ na hora de encontrar os ‘caras’, do nada eles te davam umas bicudas. Hoje ser geek é bonitinho, tem até mulher geek. Mas na nossa época não era legal”, conta Gabriel, o mais falante da dupla responsável pela abertura da novata empresa de criação de jogos Bytebrushers.

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Os paranaenses resgataram as lembranças da infância para desenvolver o jump-O, gincana de sucesso na Apple Store e primeiro produto deles, prestigiado em 2015 com um dos prêmios entregues a estudantes pela grife de tecnologia. “Um dia, conversando, nós pensamos, 'Vamos fazer um jogo, vamos arriscar. Você não era sacaneado quando era pequeno? Então vamos tentar fazer algo baseado nisso”'.

O personagem da atração minimalista, de gráficos simples, é uma bolinha, lembrando a forma física dos inventores em seus primórdios. O cenário é quadrado, simulando a sensação de que eles não se encaixavam na sociedade. E a tal bolinha não pode atacar os perigos das fases, apenas fugir deles.

Lançado em 16 de janeiro de 2014, gratuitamente, em três dias de vida o jump-O entrou na lista dos melhores jogos da loja virtual da Apple no Brasil e no México, tendo acumulado até hoje mais de 6.500 downloads, com avaliação cinco estrelas pelos usuários.

A ideia virou sensação, porém, até agora, não rendeu muito mais do que uma centena de dólares à Bytebrushers. A empresa pretende aproveitar a vitória no Design Awards para alavancar o negócio, aprimorando o jump-O, que em breve deve deixar de ser grátis e passar a ser disponibilizado também para consoles de videogame.

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