- A Vida Invisível (Foto: Reprodução)

A Vida Invisível pode levar o Brasil ao Oscar pela primeira vez em 20 anos

O longa de Karim Aïnouz desbancou o já aclamado Bacurau, de Kleber Mendonça Filho, na disputa para a premiação

Redação Publicado em 27/08/2019, às 14h07

Nesta terça, 27, foi anunciado que A Vida Invisível, de Karim Aïnouz, representará o Brasil na disputa pelo Oscar na categoria de Melhor Filme Internacional. 

O filme, baseado no livro A Vida Invisível de Eurídice Gusmão, de Martha Batalha, desbancou os 11 longas que estavam na disputa, entre eles o já aclamado Bacurau, de Kleber Mendonça Filho

A Vida Invisível terá a première no Cine Ceará, nesta sexta, 30, e estreia nas demais salas de cinemas do Nordeste a partir do dia 19 de setembro. O filme entrará em circuito oficial no dia 31 de outubro.

Caso seja escolhido pela Academia de Artes e Ciências de Hollywood, organização responsável pelo Oscar, A Vida Invisível estará disputando com os filmes It Must Be Heaven,  de Elia Suleiman, que recebeu menção honrosa na competição pela Palma de Ouro em Cannes e System Crasher, de Nora Fingscheidt, vencedor do Urso de Prata no Festival de Berlim. 

Depois de cada país apontar seu representante, um comitê de 300 pessoas em Los Angeles assiste cada um dos filmes e elenca apenas seis para a categoria. As outras três vagas são definidas por outro grupo, formado por integrantes da Academia. Assim, nove títulos competem pelo prêmio que será anunciado no dia 13 de janeiro de 2020. A cerimônia do Oscar está marcada para 9 de fevereiro. 

O Brasil disputou a categoria há 20 anos com Central do Brasil, dirigido por Walter Salles e estrelado pela Fernanda Montenegro. Na competição, o longa perdeu para A Vida é Bela, de Roberto Benigni.

Em uma entrevista para a Folha de S. Paulo, Aïnouz fez uma declaração sobre estar participando da disputa: 

"Estou exultante. Todos os filmes concorrentes comprovam a exuberância do cinema brasileiro. Agora é só o começo da maratona."

Responsável por dar vida ao papel de Dora, em Central do Brasil, Montenegro disse em uma nota à imprensa que essa competição "demonstra que a cultura cinematográfica brasileira, num momento como esse, nos credencia como artistas e cidadãos."

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