“Gosto de aproveitar as oportunidades para falar de outras coisas fora da música”, diz o músico
Lucas Reginato Publicado em 10/04/2013, às 15h49 - Atualizado às 16h31
Ziggy Marley, 44, já tem experiência o suficiente para não se importar com o fardo de carregar no sobrenome uma das maiores lendas do século passado. Pelo contrário, ele aprendeu a aproveitar a popularidade para trabalhar à vontade com aquilo que quiser, e por isso tem a possibilidade de ir até mesmo além da música.
Leia textos das edições anteriores da Rolling Stone Brasil – na íntegra e gratuitamente!
“Gosto de aproveitar as oportunidades para falar de outras coisas fora da música”, diz. Recentemente, por exemplo, entrou para o mercado alimentício e lançou a marca Ziggy Marley Organics para vender produtos naturais. “Não deveríamos nos alimentar com comida geneticamente modificada”, alerta.
Mas seu assunto preferido parece, pelo menos no momento, ser o cinema. Ele trabalhou como produtor executivo do documentário Marley, sobre seu pai, e deu os primeiros passos na área. “Ficamos um longo tempo fazendo”, conta. “Achei que era bom contar a história e melhor que tivesse a participação da família.” O filme contou com depoimentos da viúva e de filhos de Bob Marley e as pesquisas ajudaram até mesmo Ziggy a conhecer mais da história do pai, principalmente sobre “quando ele não estava por perto”. “O filme me deu muita informação sobre quando ele estava na Alemanha, por exemplo. Também dos tempos mais antigos, de antes de eu nascer.”
Resenha: Marley detalha vida do gigante da música
Ainda sobre cinema, Ziggy Marley conta que pretende experimentar outras funções. “Sou um grande fã de cinema. Gosto de coisas como Senhor dos Anéis e Star Wars. Sou fã de filmes de ação. Gostei muito de Django Livre”, revela ele que já começou a esboçar um novo plano. “Estou escrevendo um roteiro. É sobre uma jamaicana policial que vai para os Estados Unidos”.
“Gosto de escrever histórias. É bom para mim, mantém meu cérebro em atividade, sabe?” – Ziggy Marley, que tem seis filhos, em março também lançou um livro para crianças, I Love You Too. “Fiz para os meus filhos a música “I Love You Too” no meu discoFamily Time (2009) e agora fiz o livro. Acho importante nos comunicarmos com as crianças. Para inspirá-las”.
Mesmo com todos esses planos e projetos, é inevitável que seja a música o principal instrumento de trabalho de Ziggy Marley, que começou aos 11 anos a cantar ao lado do pai. O início prematuro não deixou muita escolha para ele, mas também não há arrependimento. “Eu não pude estudar tanto, adquirir conhecimento. E isso é o que eu quero fazer agora e por toda minha vida – aprender, aprender sobre tudo: de música a medicina. Eu sou muito feliz com minha vida”.
No fim do ano passado o músico registrou em show ao vivo algumas das canções que cantou em tantos palcos durante sua vida. In Concert conta também com interpretações que ele costuma fazer da obra de seu pai – “War” e “Is This Love” fizeram parte do repertório. “Quando você faz ao vivo trata-se de improvisação. As canções mudam em relação àquilo que são quando gravadas no estúdio. É um show ao vivo – é o que é”.
É este show que o Marley primogênito fará em cinco cidades brasileiras. Ele inicia turnê nesta quinta, 11, em Belo Horizonte, e passa por Porto Alegre (12), Florianópolis (13), São Paulo (14) e Rio de Janeiro (16).
Morre Andy Paley, compositor da trilha sonora de Bob Esponja, aos 72 anos
Viola Davis receberá o prêmio Cecil B. DeMille do Globo de Ouro
Jeff Goldblum toca música de Wicked no piano em estação de trem de Londres
Jaqueta de couro usada por Olivia Newton-John em Grease será leiloada
Anne Hathaway estrelará adaptação cinematográfica de Verity de Colleen Hoover
Selena Gomez fala sobre esconder sua identidade antes das audições