Ator de Succession vive o advogado Roy Cohn, que negava sua homossexualidade e atuou ativamente contra os direitos de pessoas LGBTQIAPN+
Jeremy Strong (Succession) rebateu as críticas por ser heterossexual e interpretar o advogado gay Roy Cohn em O Aprendiz, novo filme de Ali Abbasi (Holy Spider), que conta a história de Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos.
Cohn, que ficou conhecido por trabalhar ao lado do senador Joseph McCarthy na década de 1950 em investigações anticomunistas do governo, negava sua homossexualidade e atuou ativamente contra os direitos de pessoas LGBTQIAPN+ antes de morrer, em 1986, por complicações decorrentes da AIDS.
"[As críticas] são totalmente válidas", afirmou em entrevista ao Los Angeles Times. "Talvez eu seja um pouco antiquado na crença de que, fundamentalmente, trata-se da arte de uma pessoa, e que grandes artistas, historicamente, foram capazes de, por assim dizer, mudar a sua natureza."
"Esse é o seu trabalho como ator. A tarefa, de certa forma, é renderizar algo que não é necessariamente o seu habitat natural", continuou. "Embora eu não ache que seja necessário [que papéis gays sejam interpretados por artistas gays], acho que seria bom se isso tivesse mais peso."
Estrelado por Sebastian Stan, que interpreta o Soldado Invernal no Universo Cinematográfico da Marvel, O Aprendiz — que faz referência ao reality show homônimo apresentado por Donald Trump entre 2004 e 2015 —, "traça as origens de uma dinastia americana". O texto ainda diz que a produção é "recheada de personagens grandiosos [e] revela o custo moral e humano de uma cultura definida por vencedores e perdedores."
Gabriel Sherman, autor da biografia The Loudest Voice in the Room (2014), sobre o fundador da Fox News, Roger Ailes, é o responsável pelo roteiro do longa, que ainda conta com Maria Bakalova, de Morte Morte Morte (2022), como Ivana Trump, ex-esposa de Trump. Assista ao trailer:
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Após a exibição de The Apprentice em Cannes, o diretor de comunicação da nova campanha de Trump à presidência dos Estados Unidos, Steven Cheung, afirmou que irá mover uma ação judicial contra "afirmações flagrantemente falsas desses falsos cineastas". "Esse lixo é pura ficção, que sensacionaliza mentiras que há muito foram desmascaradas", afirmou à AFP [via O Globo].
Dentre as cenas que seriam alvo dos protestos de Trump e sua equipe há uma que mostra o empresário fazendo uma lipoaspiração; outra abordando um problema de disfunção erétil de Trump; e uma terceira, considerada a mais polêmica da obra, retratando o suposto estupro cometido contra a ex-esposa dele, Ivana, após ela o menosprezar por ter ficado "gordo e careca".
A cena foi inspirada em um depoimento dado por Ivana em 1990, quando estava se divorciando de Trump. Na ocasião, ela afirmou que teria sido abusada sexualmente pelo ex-marido. No entanto, alguns anos depois, ela negou o acontecimento e disse que, na verdade, eles eram bons amigos.
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Previsto para estrear em 11 de outubro nos cinemas norte-americanos, O Aprendiz chega às salas de cinema brasileiras apenas uma semana depois, em 17 de outubro. Confira o pôster nacional da novidade:
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