CRÍTICA

‘Jurassic World: Recomeço’ é um bom filme, mas deve lutar para não ser fossilizado

Dirigido por Gareth Edwards, Jurassic World: O Recomeço traz de volta (mais uma vez) a clássica franquia de dinossauros criada por Steven Spielberg

Giulia Cardoso (@agiuliacardoso)

Jurassic World: Recomeço é um bom filme, mas deve lutar para não ser fossilizado; leia a crítica de Rolling Stone Brasil
Jurassic World: Recomeço é um bom filme, mas deve lutar para não ser fossilizado; leia a crítica de Rolling Stone Brasil - Reprodução

Ressuscitando pela segunda vez a franquia de dinossauros criada por Steven Spielberg, Jurassic World: Recomeço chega aos cinemas a partir desta quinta-feira, dia 3 de julho, trazendo uma nova aventura, que pretende ser um reinício empolgante para a história mas, infelizmente, acaba sendo apenas mais um clichê do gênero.

Na novidade, que se passa alguns após os acontecimentos de Jurassic World: Domínio (2022), acompanhamos Zora Bennett (Scarlett Johansson, Viúva Negra), uma especialista em operações secretas, que lidera uma missão arriscada para coletar amostras de DNA de dinossauros em uma ilha remota e perigosa. O local, antes um centro de pesquisas do Jurassic Park, abriga espécies deixadas para trás — incluindo três colossais criaturas, cujo DNA contém uma substância de valor inestimável.

Mesmo com um enredo genérico — e bastante similar ao de Kong: A Ilha da Caveira (2017) —, Jurassic World: Recomeço tem certa personalidade própria, muito graças ao seu humor levemente autoconsciente e inesperado.

Um dos destaques da trama está mensagem ambiental passada pelo Dr. Henry (Jonathan Bailey, Wicked), que reflete sobre o quão pequenos os seres humanos são diante do planeta Terra e como, se ela quiser, pode acabar com a gente em um instante. Esse discurso, quanto mais sério for levado, melhor funciona.

Outro ponto positivo é a construção de tensão envolvendo os dinossauros. O diretor Gareth Edwards (Godzilla) resgata o medo que essas criaturas imensas são capazes de causar e entrega sequências que realmente fazem o coração acelerar. Essa estratégia, pensada claramente para a experiência cinematográfica, funciona bem dentro de um modelo de exibição mais imersivo, escuro e silencioso.

Em suma, Jurassic World: Recomeço é mediano. Não dá para exigir muito de uma franquia desgastada. Resta ao público apenas decidir se vai ou não ao cinema e, se for, aceitar que provavelmente esquecerá o filme uma hora depois da sessão — como eu esqueci.

LEIA TAMBÉM: Precisa rever a franquia ‘Jurassic Park’ antes de ‘Jurassic World: Recomeço’?


Qual foi o melhor filme de 2025 até agora? Vote no seu favorito!

Ver resultados

Loading ... Loading ...

Jornalista em formação pela Universidade Cruzeiro do Sul, em São Paulo, Giulia Cardoso começou em 2020 como voluntária em portais de cinema. Já foi estagiária na Perifacon e agora trabalha no núcleo de cinema da Editora Perfil, que inclui CineBuzz, Rolling Stone Brasil e Contigo.
TAGS: Jurassic Park, Jurassic World, Steven Spielberg