M3GAN 2.0: por que a sequência fracassou nas bilheteiras?
A sequência apostou mais em elementos de comédia e ação, reduzindo o foco no terror que marcou o original
Redação
Publicado em 04/07/2025, às 11h30
O lançamento de M3GAN 2.0 surpreendeu o mercado cinematográfico ao registrar uma arrecadação muito inferior à do filme original. Enquanto o primeiro longa se tornou um fenômeno inesperado, arrecadando cerca de US$ 180 milhões mundialmente com um orçamento modesto, a sequência estreou com apenas US$ 10 milhões nos Estados Unidos e US$ 17 milhões globalmente em seu primeiro fim de semana. Esses números indicam uma queda significativa no interesse do público, mesmo considerando o orçamento de US$ 25 milhões do novo filme.
O desempenho fraco de M3GAN 2.0 reacende o debate sobre os desafios enfrentados por sequências de grandes sucessos, especialmente quando tentam inovar ou expandir o universo original sem repetir a fórmula que conquistou o público.
Fatores que contribuíram para o fracasso
Diversos elementos influenciaram o resultado abaixo do esperado de M3GAN 2.0; um dos principais foi a mudança de data de lançamento. O primeiro filme chegou aos cinemas em janeiro, período com menos concorrência, enquanto a sequência estreou no movimentado verão norte-americano, competindo com grandes produções como F1: O Filme e Lilo & Stitch. Isso dificultou que o filme se destacasse como alternativa para o público.
Outro ponto foi a mudança de tom e gênero. A sequência apostou mais em elementos de comédia e ação, reduzindo o foco no terror que marcou o original. Essa escolha pode ter afastado fãs do gênero, que buscavam uma experiência mais assustadora.
Além disso, o fenômeno viral que impulsionou o sucesso do primeiro filme — como as cenas de dança da boneca — não se repetiu com a mesma força, indicando que o apelo inicial era mais passageiro do que duradouro.
Impacto das expectativas e do contexto tecnológico
O contexto social também influenciou a recepção de M3GAN 2.0. Desde o lançamento do primeiro filme, o debate sobre inteligência artificial se intensificou, tornando o tema menos novidade e mais motivo de preocupação real. O público, agora mais atento aos riscos da IA, pode ter se sentido menos inclinado a encarar o assunto como entretenimento leve.
Por fim, a pressa na produção e o desejo de expandir rapidamente o universo da franquia foram apontados pelo próprio produtor Jason Blum como fatores que prejudicaram o resultado final. A tentativa de inovar sem dar tempo suficiente para o desenvolvimento do roteiro e da direção pode ter comprometido a qualidade e a conexão emocional com o público.
O futuro da franquia e o aprendizado para Hollywood
O desempenho de M3GAN 2.0 serve como alerta para os estúdios sobre os riscos de apostar em sequências sem avaliar cuidadosamente o momento do lançamento, o tom da narrativa e o engajamento real do público. O fracasso relativo da sequência não apaga o sucesso do original, mas mostra que repetir a fórmula ou tentar inovar sem planejamento pode não ser suficiente para garantir bilheteiras expressivas.
O caso também destaca a importância de entender as mudanças no comportamento do público e no contexto social, especialmente quando temas como tecnologia e inteligência artificial estão em constante evolução.
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