Premonição 6 reinventa franquia sem perder a essência; leia a crítica da RS

Após cinco filmes, lançados entre 2000 e 2011, Premonição parecia não ter muito mais o que contar e indicava que não retornaria às telonas. No entanto, a franquia retorna com Premonição 6: Laços de Sangue (2025), que estreia nesta quinta, 15, nos cinemas brasileiros.

Estrelado por Brec Bassinger (Iris), Kaitlyn Santa Juana (Stefani), Teo Briones (Charlie), Richard Harmon (Erik), Gabrielle Rose (Iris), Owen Joyner (Bobby), Rya Kihlstedt (Darlene), Anna Lore (Julia), Alex Zahara (Howard) e Tony Todd (William Bludworth), o longa aproveita toda a angústia causada pela morte, que persegue sadicamente um grupo de pessoas, mas nenhuma delas estava envolvida (pelo menos diretamente) com o acidente catastrófico que dá início à trama.

“Atormentada por um pesadelo violento e recorrente, a estudante universitária Stefanie volta para casa para rastrear a única pessoa que, talvez, possa ser capaz de quebrar o ciclo fatal anunciado e salvar sua família da morte terrível que inevitavelmente aguarda todos eles”, diz a sinopse.

No sexto filme da franquia, o acidente que causa a premonição, na verdade, aconteceu muitos anos antes. Iris, quando ainda era jovem e namorava Paul (Max Lloyd-Jones), previu que uma festa realizada no topo de um prédio acabaria em tragédia, com todos os presentes mortos. Porém, ela impede o desastre e todos saem com vida. Nos anos seguintes, a morte passaria a perseguir todos os sobreviventes e os respectivos descendentes.

O elo que liga o passado de Iris com o presente é Stefani, que começa a ter pesadelos com a visão da avó. Então, quando a morte começa a ir atrás da família dela, a protagonista tenta salvar todos os familiares. Será que ela consegue?

Apesar de visualmente comprometida pelos efeitos especiais, a cena de abertura — a premonição de Iris — impressiona e diverte tanto quanto os desastres mais marcantes da franquia, como o acidente na estrada e da ponte.

Porém, o filme melhora visualmente no decorrer da narrativa e muitas das mortes que acontecem entram facilmente no ranking das mais brutais da franquia (com destaque para a cena do hospital e do caminhão de lixo).

Os personagens também são muito interessantes e alguns deles são bem desenvolvidos. Stefani, uma aluna exemplar na universidade, sofre queda de desempenho por conta das visões e vai até a família para tentar resolver. Quando ela chega, percebe que a dinâmica familiar mudou bastante.
A princípio, os Campbell parecem a família perfeita, mas vemos que não é bem assim quando algumas revelações são feitas durante a trama. Um dos destaques, definitivamente, é Richard Harmon como Erik Campbell, personagem despreocupado que toma atitudes que afetam completamente os acontecimentos.

Um dos momentos mais emocionantes acontece durante a participação especial de Tony Todd, que reprisou o papel de William Bludworth antes de morrer, aos 69 anos, em 6 de novembro de 2024.

Com a novidade de a morte perseguir uma linhagem específica e do acidente ter ocorrido há muitos anos, a estrutura do roteiro é bem familiar: protagonista tem a visão, as pessoas ao redor ficam chocadas, mas duvidam inicialmente de que a morte possua um plano para perseguir um por um.

O principal problema da produção se encontra no terço final, quando os acontecimentos ficam mais apressados até chegar no clímax, em que os problemas se resolvem rápido demais e algumas das mortes ficam previsíveis. Já a cena final respira e cheira ao que vimos nos outros cinco filmes da franquia — e deve ser bastante divisiva entre fãs e público.

Após 14 anos do lançamento do quinto filme, Premonição 6: Laços de Sangue chega como um sopro de ar fresco e, apesar dos problemas, cumpre bem o papel de homenagear o legado dos outros filmes (exceto você, Premonição 4!) e preparar terreno para, quem sabe, novas produções.

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