Bare: Uma Ópera Pop desbanca grandes produções com jovens talentos e história emocionante
Em cartaz em São Paulo até maio, espetáculo aborda sexualidade, religião e amor próprio em história que arranca risos e lágrimas na mesma intensidade
Henrique Nascimento (@hc_nascimento)
Publicado em 17/04/2025, às 16h15 - Atualizado em 18/04/2025, às 10h30
No palco, há apenas um enorme quadrado iluminado. Ao longo de pouco mais de duas horas de apresentação, surgem camas, arquibancadas, um varal de fotografias, uma piñata bastante indecente e outros adereços, que ajudam a contar a história de Bare: Uma Ópera Pop, em cartaz no Marte Hall São Paulo até maio.
Disputando a atenção com grandes produções como Wicked, que inspirou o longa com Cynthia Erivo (Harriett) e Ariana Grande (Não Olhe Para Cima); Meninas Malvadas: O Musical, baseado na comédia de 2004 com Lindsay Lohan (Sexta-Feira Muito Louca); e Uma Babá Quase Perfeita: O Musical, com Eduardo Sterblitch(Os Outros) no papel principal, a novidade pode até passar despercebida, mas não deveria.
Bare: Uma Ópera Pop, escrito e musicalizado por Jon Hartmere e Damon Intrabartolo, volta ao Brasil pelas mãos de veteranos do teatro musical brasileiro: Diego Montez, que estrelou a primeira versão brasileira da peça — batizada de Na Pele e montada em 2018 —, e Gabi Camisotti assumem a direção artística da obra, que aborda temas como sexualidade, religião e amor próprio em uma história de arrancar lágrimas e risos na mesma intensidade.

Em Bare: Uma Ópera Pop, acompanhamos o desenrolar do relacionamento secreto entre Peter e Jason, dois estudantes do rígido internato católico St. Cecília. Enquanto Peter, perdidamente apaixonado pelo namorado, deseja assumir o romance, Jason, o garoto popular do colégio e frequentemente pressionado pelos pais para ser o orgulho da família, prefere manter tudo no escuro, o que cria um conflito entre os dois.
Apesar de ter sido lançado há mais de vinte anos — a produção estreou em Los Angeles, na Califórnia (EUA), no início dos anos 2000 —, o musical se mantém atual e necessário, tocando em pontos importantes sobre a juventude, incluindo ainda as relações dos personagens — interpretados por um elenco tão jovem quanto talentoso — com drogas, sexo e pressões sociais.
Alternando entre momentos dramáticos — o número solo de Helga Nemeczyk, que interpreta a mãe de Peter, é de arrancar lágrimas — e divertidos — com destaque para as cenas envolvendo a Irmã Chantelle (Lola Borges) —, o espetáculo aborda temas delicados com sensibilidade, mas sem deixar que a carga dramática da história torne a experiência exaustivamente triste.
Na verdade, é exatamente o contrário: Bare: Uma Ópera Pop é o tipo de produção que o deixa com vontade de voltar no dia seguinte e assistir mais uma e outra vez. Não é só um ótimo espetáculo, é também um ótimo gatilho para importantes discussões que, muitas vezes, são tratadas levianamente. Veja, mas também reveja, com amigos, pai, mãe, avós. Vai valer a pena.
Serviço:
- Local: Marte Hall (Rua Domingos de Morais, 348, Vila Mariana, São Paulo/SP)
- Temporada: 1º de abril a 7 de maio de 2025
- Sessões: Terças e Quartas, às 19h30
- Classificação: 16 anos
- Duração: 135 minutos (com intervalo)
- Ingressos:Olha o Ingresso (com taxa de serviço) e Bilheteria local (sem taxa).
- Valores:
- LATERAL: R$ 60,00 (inteira) | R$ 30,00 (meia)
- CENTRAL: R$ 80,00 (inteira) | R$ 40,00 (meia)
- LATERAL PREMIUM: R$ 100,00 (inteira) | R$ 50,00 (meia)
- CENTRAL PREMIUM: R$ 120,00 (inteira) | R$ 60,00 (meia)
- LATERAL VIP: R$ 140,00 (inteira) | R$ 70,00 (meia)
- CENTRAL VIP: R$ 160,00 (inteira) | R$ 80,00 (meia)
- MESA (Cadeira Individual): R$ 180,00 (inteira) | R$ 90,00 (meia)
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