Björk
Cantora acerta alguns alvos e erra outros, mas tem o mérito de se manter inventiva
Em seu oitavo álbum, Björk conseguiu fazer com que natureza, tecnologia e arte caminhem juntas. A cantora islandesa compôs grande parte do trabalho em um iPad, mesclando os elementos disponíveis a letras que falam sobre física, corpos celestes e seres humanos. “Crystalline”, com seu lado eletrônico quase agressivo, é o ponto alto. Correndo contra a maré, canções como “Cosmonogy” e “Sacrifice” chamam a atenção justamente por sua simplicidade. Os únicos deslizes são “Moon”, que peca ao tentar explorar exageradamente novas possibilidades e a dobradinha “Dark Matter” e “Hollow”, que, apesar das boas letras, acabam soando monótonas Biophilia precisa ser analisado como um todo e, guardadas as devidas proporções, o que Björk oferece aqui é aquilo que de certa forma o Radiohead propôs com in Rainbows – uma pequena revolução nas formas como podemos nos relacionar com a música.
Fonte: Universal