Nova versão é caldeirão de referências com boa trilha sonora
Já houve outros jogos da série Devil May Cry, mas conhecêlos não é obrigatório para se aproveitar a experiência do novo DmC. Não apenas porque o jogo é um reboot, mas porque o enredo é, de longe, a parte mais descartável de toda a experiência. Você controla Dante, filho de um demônio e um anjo que desafiaram a ordem (sobre)natural das coisas, e que tem em mãos o poder e o dever de enfrentar Mundus, o demônio que matou sua mãe e pretende dominar o mundo através de um refrigerante que controla mentes e um monopólio econômico difícil de compreender. Toda essa verborragia, desperdiçada em uma mistureba de animação japonesa televisiva com ares de Constantine (o filme de 2005 estrelado por Keanu Reeves), dá espaço a uma prazerosa jornada de dilacerar demônios e passeios por surreais paisagens que remetem a Alice No País das Maravilhas. A atitude rebelde de Dante soa um pouco artificial, mas casa muito bem com o mundo cartunesco que ele habita, e abre espaço para uma trilha sonora pesada que complementa maravilhosamente a ambientação demoníaca e homenageia histórias em quadrinhos como Spawn e The Darkness. Em resumo, DmC é mais ou menos isso: uma infernal caça aos monstros na pele de um vocalista canastrão de banda de metal farofa.
Fonte: Capcom / Ninja Theory
Plataforma: Xbox 360 / PlayStation 3 / PC