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Pagando por Sexo

Chester Brown

José Julio do Espírito Santo Publicado em 10/08/2012, às 15h06 - Atualizado às 15h08

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Cartunista segue a veia autobiográfica em obra que fala sobre prostituição

Aí está um sujeito que deve ter passado altos apuros com as namoradas. Em sua graphic novel mais polêmica, Chester Brown narra as muitas vezes que recorreu a profissionais do sexo para extravasar a libido e, sem querer admitir, ganhar afeto. Pagando por Sexo surgiu de sua vontade de advogar pela descriminalização da profissão. O livro vem com traços frugais e argumentos quase infalíveis. Com datas precisas de cada encontro, é como um diário cheio de detalhes e sincero até o talo. Brown só preserva o verdadeiro nome e o rosto das mulheres de quem foi cliente. Entre uma trepada e outra, em conversas com os amigos quadrinistas Seth e Joe Matt, e no longo apêndice após a história, Brown discorre sobre o surgimento do amor romântico, as leis que abordam o sexo pago no Canadá e sua preocupação a respeito do tráfico de pessoas para a escravidão sexual. Além de mestre dos quadrinhos alternativos e eloquente defensor de ideias libertárias, agora dá para dizer que Chester Brown também é um senhor putanheiro.

Fonte: Martins Fontes