5 destaques do show do Tool no Lollapalooza Brasil 2025
Banda americana se apresentou pela primeira vez no país com direito a participação especial e surpresa ao fim do setlist
Igor Miranda (@igormirandasite)
Publicado em 31/03/2025, às 10h33
O Tool realizou sua estreia no Brasil. A banda americana, de sonoridade que vai do metal progressivo ao alternativo, fez a apresentação derradeira do palco Samsung Galaxy no Lollapalooza Brasil 2025, na noite do último domingo, 30.
Maynard James Keenan (voz), Adam Jones (guitarra), Justin Chancellor (baixo) e Danny Carey (bateria) ofereceram exatamente o que se esperava deles: um show imprevisível. Seja pelas escolhas de setlist, postura de palco ou forma de uso dos telões e iluminação, o grupo não facilitou para aqueles pouco ou nada acostumados com seu trabalho — e pode ter até mesmo convertido fãs diante de tamanha coragem.
A lista a seguir oferece 5 destaques do show do Tool no Lollapalooza Brasil 2025. Confira!
1) Abertura com “Fear Inoculum”
Não dá para chamar a faixa-título do álbum Fear Inoculum (2019) de “música nova”, mas ainda é incomum testemunhar um artista que abre um show com uma canção de seu disco mais recente. Se é inesperado, o Tool topa: como em outras apresentações recentes, escolheram a intrincada composição de 10 minutos e 20 segundos para iniciar o set.
2) Jéssica di Falchi no palco
Logo na segunda música da noite, uma quebra de protocolo. O Tool, que raramente recebe convidados no palco, trouxe a brasileira Jéssica di Falchi para uma participação.
A guitarrista, ex-integrante da Crypta, tocou com os americanos a música “Jambi”, do álbum 10,000 Days (2006). E, curiosamente, ela já havia dado um discreto spoiler de que isso poderia acontecer.
Em publicação no início de fevereiro no Instagram (via site Igor Miranda), a musicista postou uma foto ao lado de Adam Jones nos bastidores de um show do grupo nos Estados Unidos e afirmou: “Obrigada pelo show e pelo bom momento! Vejo você em breve, Adam Jones”. Dito e feito.
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3) Uso desafiador de telões
Teve quem reclamasse, mas não é por acaso que o Tool utiliza os telões de modo diferente do convencional. A banda americana exibe animações psicodélicas — e por vezes bizarras — ao longo de toda a sua apresentação, sem filmar os músicos em momento algum.
Por quê? Foco total na música e na experiência trazida pela arte. O grupo também é muito restritivo em relação ao uso de sua imagem, tanto que raramente permite transmissões de seus shows. As performances na América do Sul foram exceção à regra e as câmeras não podiam dar zoom.
A ideia de dar atenção à performance é tamanha que o quarteto costuma o uso de celulares durante seus shows. Na América do Sul, os smartphones só estavam liberados porque eles estavam tocando em festivais, onde o controle seria bem mais complicado.
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4) Danny Carey, o real frontman
Todos os integrantes do Tool são mestres no que fazem, mas não há como deixar de destacar Danny Carey. O baterista, que desfilou técnica e vigor mesmo no alto de seus 63 anos, é um dos melhores não apenas de sua geração, mas de toda a história da música pesada.
A banda sabe disso. Não à toa, Carey é o único que dispõe de algum destaque no palco: fica posicionado em área mais próxima do centro e tem, na maior parte do tempo, bastante iluminação ao seu dispor.
5) Música surpresa
O repertório oficial do Tool previa 10 faixas, com encerramento em “Ænema”. Todavia, o quarteto surpreendeu o público ao tocar uma outra música: “Flood”, ainda que em versão encurtada. Foi um raro aceno ao seu álbum de estreia, Undertow (1993), normalmente ignorado na montagem dos setlists.
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