Guitarrista é um grande fã do Fab Four desde o momento em que ouviu um dos primeiros hits do grupo no rádio
Publicado em 06/06/2024, às 16h42
Brian May nunca negou ser um grande fã dos Beatles. Em entrevistas, o guitarrista do Queen contou que, embora seus pais não tenham deixado que ele assistisse a um show da banda quando criança, sua devoção se tornou muito forte desde a primeira vez em que ouviu o hit “Love Me Do” no rádio.
Como era de se esperar, o músico desenvolveu um grande carinho pelo trabalho de George Harrison, seu colega — e influência — de instrumento. Em declaração republicada pelo site Far Out Magazine, aceitou até mesmo o complicado desafio de escolher a melhor canção de Harrison com o Fab Four.
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Entre clássicos do porte de “Taxman”, “Within You Without You”, “Here Comes the Sun”, “Something” e “For You Blue”, May optou por aquela que talvez seja a música mais emblemática da carreira de seu ídolo: “While My Guitar Gently Weeps”. Lançada em 1968 no álbum homônimo (também conhecido como White Album), a faixa conta com solo de guitarra gravado por Eric Clapton, à época grande amigo do saudoso artista.
Na fala, Brian ainda citou qual a maior característica da composição. Para ele, a ternura de George ao criar tal obra, dizendo: “descobri que é preciso muita coragem para ser gentil”.
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Em 2013, no álbum ao vivo Acoustic by Candlelight, Brian May resolveu homenagear George Harrison regravando outra de suas músicas: a linda “Something”, originalmente lançada no disco Abbey Road (1969). Ao refletir sobre a composição, o guitarrista do Queen exaltou os talentos do artista falecido em novembro de 2001.
“A maioria dos grandes sucessos dos Beatles foram compostos por John Lennon e Paul McCartney, certo? Uma enorme equipe de compositores, Lennon e McCartney escreveram esses sucessos mundiais. Mas havia outro membro da banda que era muito quieto e tímido, o garoto mais novo da banda. Ele se chamava George Harrison.”
Curiosamente, Brian não cita George como seu Beatle favorito. Em texto enviado à Classic Rock (via site Igor Miranda), o músico destaca John Lennon.
“Paul McCartney era um gênio da melodia. George Harrison tinha um fogo espiritual. Ringo Starr era o baterista mais original de sua época. Mas John Lennon que era o coração por trás do poder coletivo. Ele mantinha a banda coesa e ultrapassava os limites rumo aos extremos da criatividade perigosa.”