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Eddie Vedder: Conheça a história dos três nomes do vocalista do Pearl Jam

Músico adotou nome diferente dos que ele teve durante a infância e a adolescência

Redação

Publicado em 04/12/2024, às 19h05
Eddie Vedder (Foto: Theo Wargo/Getty Images)
Eddie Vedder (Foto: Theo Wargo/Getty Images)

Imortalizado à frente do Pearl Jam, o guitarrista e vocalista Eddie Vedder se tornou uma das principais referências do rock mundial.

No entanto, o nome usado atualmente pelo músico é diferente dos outros dois que ele teve ao longo da vida.

Nascido em 1964 no estado americano de Illinois e filho de Karen Lee Vedder e Edward Louis Severson Jr., o artista foi batizado como Edward Louis Severson III, dando continuidade aos nomes da linhagem do avô paterno.

Mas os pais de Eddie se separaram pouco tempo depois do nascimento. Então, ele foi morar com a mãe e com o padrasto Peter Mueller. Foi nesse momento que, sem que o nome de registro fosse alterado, o garoto passou a ser chamado de Edward Mueller.

Como toda essa história aconteceu quando Eddie era muito jovem, ele passou toda a infância acreditando que Peter era seu verdadeiro pai. O pai biológico já havia inclusive falecido.

A descoberta aconteceu já na adolescência e foi tão marcante que acabou inspirando parte da música “Alive”, um dos grandes sucessos do Pearl Jam. Também foi nesse momento turbulento que ele decidiu adotar o nome Vedder da mãe.

Nessa época, Eddie Vedder já se dedicava à música, mas precisou trabalhar como atendente de farmácia, segurança de hotel e garçom, entre outros empregos, para conseguir se sustentar.

Eddie Vedder em 1992 (Foto: Jim Steinfeldt/Michael Ochs Archives/Getty Images)

Carreira de sucesso e reencontro

Na década de 1980, Eddie Vedder deu os primeiros passos importantes na carreira musical ao participar de bandas como Indian Style, Surf and Destroy, The Butts e Bad Radio.

Mas a chave virou em 1990 quando ele se juntou ao grupo Mookie Blaylock, que no mesmo ano se transformou no Pearl Jam

Logo no álbum de estreia, Ten — lançado pela gravadora Epic Records em 1991 — o grupo já começou a trilhar o caminho do sucesso, com várias indicações ao Grammy.

Até hoje, o Pearl Jam vendeu mais de 60 milhões de discos em todo o mundo e lançou 12 discos — o último, Dark Matter, publicado em 2024.

Eddie Vedder também se dedicou à carreira solo, com três álbuns. O mais recente é Earthling (2022) e conta com registros de vozes do pai do artista que só foram entregues a ele em 2014.

Na ocasião, Eddie foi questionado sobre o que mais gostaria de saber sobre o pai (via Igor Miranda) e respondeu:

A primeira coisa que vem à mente por não tê-lo conhecido de verdade, ou não ter tido a oportunidade de conhecê-lo, eu acho que no fundo eu só teria gostado de saber se ele me amava e quanto. Eu acho que ele me amava. Mas, outra coisa que seria ótima seria ter alguém do meu próprio sangue me ensinando como seria crescer e ser um homem, um bom homem.

Eu acho que tive que descobrir essas coisas sozinho e acho que alguma orientação poderia ter ajudado. E provavelmente não há ninguém em quem você confie mais do que no seu pai. Então quando a adolescência chegou, eu não confiava em nenhum adulto. Tinha dificuldades com todos os adultos naquela época. Eu acho que ele poderia ter me ajudado com algumas dessas coisas.”

Em seguida, o músico contou como teve acesso às gravações que permitiram que ele ouvisse a voz do pai pela primeira vez.

Alguém acabou sendo muito gentil, e é uma história muito longa como isso tudo acabou, mas acabou comigo fazendo 4 músicas para ele dizendo isso. E eu só ouvi a sua voz pela primeira vez no mês passado. E, a parte legal… digo, soava bem, a produção era boa, sua voz soava ótima. Foi meio que, sabe, provavelmente no começo dos anos 70, meio que no final dos ‘crooners’ e soava como se ele estivesse indo mais na direção do Folk. 

Mas a coisa mais legal é que ele era realmente bom pra c*ralho. Então eu fiquei muito orgulhoso dele. E, sabe, eu queria que ele estivesse aqui agora e gosto de pensar que ele estaria orgulhoso de mim. E agora eu sinto orgulho dele, o que é algo muito legal.”

Eddie Vedder também participou de álbuns do Temple Of The Dog, Bad Religion, Neil Young, Ramones e The Who, entre outros.

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