O álbum que representa a base do DNA do The Cult, segundo Ian Astbury
Vocalista acredita que toda a obra de sua banda esteja conectada, mas destaca trabalho que “tem a sinergia de muitas influências artísticas”
Igor Miranda (@igormirandasite)
Ao longo de quatro décadas de carreira, The Cult lançou onze álbuns de estúdio — explorando sonoridades e ideias muito diferentes entre si. Ainda assim, de acordo com Ian Astbury, um desses discos representa “talvez a base” do DNA do grupo.
Em entrevista a Igor Miranda para a Rolling Stone Brasil, o vocalista apontou que toda a obra do The Cult está conectada — desde o Southern Death Cult e o Death Cult, projetos que antecederam a banda que se tornou mundialmente famosa. Porém, ele aponta Love (1985) como destaque porque “tem a sinergia de muitas influências artísticas”.
O trabalho em questão, segundo de estúdio, representou o estouro comercial do grupo liderado por Ian e pelo guitarrista Billy Duffy. Trouxe músicas como “She Sells Sanctuary”, “Rain”, “Revolution”, “Brother Wolf, Sister Moon” e “Nirvana” — a primeira, em especial, se tornou um grande hit.
Inicialmente, Astbury comenta:
“Você sempre pode fazer comparações com o Love enquanto disco. Foi um momento completo e foi feito de forma intuitiva, sem influências externas. Era um tempo muito puro.”

Curiosamente, o sucesso obtido com Love se tornou um obstáculo para os objetivos artísticos do The Cult. O frontman e seus colegas sofriam pressão para adotarem uma sonoridade mais comercial, algo que deixava Astbury incomodado.
“A banda se tornou mais bem-sucedida comercialmente, então houve mais elementos externos, ‘forças’ tentando nos empurrar em uma certa direção. E foi aí que a briga começou, porque eu me negava. Ia contra gravadoras, empresários ou quem quer que seja. Não me pareceu certo seguir o caminho do dinheiro, então escolhemos o caminho difícil — ou pelo menos eu escolhi o caminho difícil e arrastei todos comigo.”
A entrevista completa pode ser lida clicando aqui.
The Cult no Brasil
The Cult realiza três shows no Brasil neste mês de fevereiro. Rio de Janeiro (22/02 – Vivo Rio), São Paulo (23/02 – Vibra) e Curitiba (25/02 – Live) recebem o quarteto formado por Astbury, Billy Duffy (guitarra), John Tempesta (bateria) e Charlie Jones (baixo). O Baroness, banda americana de sonoridade orientada ao sludge metal, estará na abertura. Ingressos podem ser adquiridos no site TheCult.us.
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