Sepultura: setlist e o que esperar do show no Lollapalooza Brasil
Apresentação como parte da turnê de despedida do grupo deve apostar em repertório que prioriza os clássicos da década de 1990
Igor Miranda (@igormirandasite)
Publicado em 25/03/2025, às 12h48
Vai ter metal no Lollapalooza Brasil 2025. E em grande estilo. O Sepultura leva sua turnê de despedida, Celebrating Life Through Death, para o palco Mike’s Ice do evento. A apresentação acontece no terceiro e último dia, domingo, 30, entre 21h30 e 22h30.
O que esperar da histórica apresentação, que marca a primeira — e última — passagem do grupo no festival de música alternativa? O guitarrista Andreas Kisser, que completa a formação com Derrick Green (voz), Paulo Xisto (baixo) e Greyson Nekrutman (bateria), adiantou em entrevista à Rolling Stone Brasil que o setlist pode trazer algumas surpresas, mas não sairá do que tem sido tocado ao longo da turnê final.
Sabe-se que a duração, de 60 minutos, deixará de fora algumas canções do robusto repertório executado nos shows em que o quarteto serve como atração principal. Ainda assim, há tempo à disposição para percorrer os principais momentos de uma carreira de quatro décadas, com 15 álbuns de estúdio lançados.

Possível setlist do Sepultura no Lollapalooza Brasil 2025
Caso resolva repetir o setlist apresentado nos shows no Lollapalooza Argentina e Chile, no último fim de semana, o Sepultura tocará as seguintes músicas:
- Refuse/Resist
- Territory
- Kairos
- Attitude
- Means to an End
- Escape to the Void
- Kaiowas
- Dead Embryonic Cells
- Agony of Defeat
- Arise
- Ratamahatta
- Roots Bloody Roots
Se optar por resgatar a lista de canções da apresentação anterior no festival mexicano Vive Latino — algo que Andreas Kisser já nos adiantou que não irá acontecer —, o repertório teria apenas uma sutil alteração, com “Phantom Self” no lugar de “Kaiowas”. Ficaria assim:
- Refuse/Resist
- Territory
- Kairos
- Phantom Self
- Attitude
- Means to an End
- Escape to the Void
- Dead Embryonic Cells
- Agony of Defeat
- Arise
- Ratamahatta
- Roots Bloody Roots
Em ambas as configurações, os três álbuns mais populares do Sepultura ganham destaque: Arise (1991), Chaos A.D. (1993) e Roots (1996), compondo mais da metade do set. Há espaço ainda para duas faixas do último disco, Quadra (2020), e momentos pinçados de momentos distintos da carreira.
Destaques costumeiros do show
O início do show do Sepultura, com a gravação de “Polícia” (Titãs) seguida de “Refuse/Resist” e “Territory”, clássicos de Chaos A.D., é imbatível. Durante as apresentações no Espaço Unimed, em São Paulo, no ano passado, funcionou muito bem. Caso “Kaiowas” entre, será um momento curioso no contexto de um festival, visto que a música instrumental e guiada por percussão tem sua execução com vários convidados, desde fãs a membros da equipe e músicos de outras bandas.
A sequência final também é marcada por clássicos. “Arise”, “Ratamahatta” (normalmente precedida de um curto solo de bateria) e “Roots Bloody Roots” não deixam ninguém parado. No miolo do set, há canções mais contemplativas, a exemplo de “Agony of Defeat”, e representantes dos primórdios do grupo, como as pesadíssimas “Escape to the Void” e “Dead Embryonic Cells”.
Individualmente, espera-se o melhor de cada integrante. Derrick Green, a voz do Sepultura desde 1997, é uma máquina em cima do palco. No alto de seus 54 anos de idade, o maratonista da música extrema canta tudo sem perder o fôlego, sem bater na trave e sem deixar de pular. Andreas Kisser, que ajuda a conduzir o público quase como um cofrontman, tem estado na última década cada vez mais seguro como único guitarrista. Ainda que discreto, Paulo Xisto é essencial para o pesadíssimo caldeirão sonoro, a ponto de não existir Sepultura sem ele. E embora não tenha o poder de fogo de seu antecessor nem o timbre mais adequado de bateria, o jovem Greyson Nekrutman se mostrou habilidoso o bastante para honrar o posto que um dia foi de Iggor Cavalera e Eloy Casagrande, dois dos maiores bateristas da história do heavy metal mundial.
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