Michael Smith teria arrecadado cerca de US$ 10 milhões de royalties com esse esquema
Publicado em 09/09/2024, às 14h04 - Atualizado às 14h51
Michael Smith, da Carolina do Norte (Estados Unidos), foi acusado de utilizar inteligência artificial para criar um catálogo de músicas de bandas fictícias e publicá-las em plataformas de streaming. Segundo promotores dos Estados Unidos, Michael teria arrecadado cerca de US$ 10 milhões de royalties com esse esquema.
O americano, de 52 anos, teria criado essas músicas com a ajuda da inteligência artificial (IA), enquanto bots simulavam ouvintes e reproduziam as faixas várias vezes. Ele foi acusado de desviar pagamentos de royalties ao longo de sete anos, conforme consta no processo judicial. Entre as bandas fictícias criadas por ele, estão nomes como Callous Post, Calorie Screams e Calvinistic Dust, com músicas que chegaram nas paradas da Amazon Music, Apple Music e Spotify.
Michael Smith foi preso na semana passada (4), e enfrenta acusações de fraude eletrônica e conspiração para lavagem de dinheiro. Cada acusação pode levar a uma pena de até 20 anos de prisão.
O esquema de Smith, segundo os promotores, envolvia um processo bem estruturado. Ele criou aproximadamente 10 mil contas falsas em plataformas de streaming. Com isso, ele utilizou um software para reproduzir as músicas repetidamente.
De acordo com documentos da acusação, em 2017, Smith estimava gerar cerca de 661.440 reproduções diárias de suas músicas, o que poderia resultar em US$ 3.307,20 por dia, ou aproximadamente US$ 1,2 milhão em um ano.
Em 2018, Smith começou a colaborar com robôs e, com o apoio de um CEO de uma empresa de música gerada por IA e um promotor musical. Ele chegou a receber US$ 110 mil mensais, de acordo com os promotores, e em 2019 já teria acumulado US$ 12 milhões em royalties.