Rolling Stone Brasil
Busca
Facebook Rolling Stone BrasilTwitter Rolling Stone BrasilInstagram Rolling Stone BrasilSpotify Rolling Stone BrasilYoutube Rolling Stone BrasilTiktok Rolling Stone Brasil

Bandas novas ganham "bolsa de valores"

Nos EUA, site cria sistema em que investidores podem fazer suas apostas em promessas da música

Da redação Publicado em 01/03/2008, às 12h44

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail

A página Slicethepie (algo como "fatiem o bolo") pôs em prática uma forma inovadora de promover novas bandas. Os idealizadores inventaram um sistema que se assemelha a uma bolsa de valores, só que, em vez de investir nas ações de determinada companhia, os interessados investem em ações de bandas.

Lançado há sete meses, o site já financiou 14 bandas, gerando um lucro de mais de R$133 mil para os envolvidos, entre aqueles que resenham o trabalho das bandas e os investidores em si.

David Cortier-Dutton, fundador e presidente-executivo da empresa, disse à agência Reuters que "o problema é que o custo de produzir artistas novos é fenomenalmente alto". Os gastos elevados não compensariam o risco, principalmente com a crise da indústria fonográfica. "O que fazemos na prática é transformar cada fã de música em uma gravadora. Todo mundo pode investir em artistas novos, de uma maneira economicamente atraente."

O público do Slicethepie é variado: gente que quer ganhar algum dinheiro resenhando o trabalho dos artistas, empresários que lidam com investimentos e fãs que querem se aproximar dos músicos.

Hoje, a página conta com cerca de 7,5 mil músicos inscritos à espera de resenhas dos associados do site. A cada mês, os 20 trabalhos mais votados ficam visíveis a possíveis investidores. Dessa lista, uma ou duas bandas conseguem arrecadar os US$ 50 mil necessários para a gravação de um disco.

Dois anos após apostarem suas fichas em algum músico, os investidores recebem R$3,30 por CD vendido, mais R$0,33 por música vendida em contrato.

Os artistas mantêm os direitos autorais sobre suas obras, e podem assinar contrato com gravadoras convencionais - desde que a contratante esteja disposta a pagar uma multa.

Comissões em cima dos fundos levantados, operações com as ações dos investidores e uma porcentagem vinda dos royalties dos artistas mantêm o Slicethepie no ar. No Brasil, ainda não existe serviço semelhante.