A modelo, conhecida por ser uma apoiadora dos direitos dos palestinos, teve uma campanha com a marca retirada após pressão de entidades judaicas
A modelo norte-americana, de ascendência palestina e holandesa Bella Hadid está se "se preparando para batalha judicial" contra a gigante de moda esportiva Adidas, segundo informações divulgadas pelo TMZ. O motivo do embate seria a retirada de uma peça publicitária protagonizada por ela após protestos de entidades judaicas.
Na última sexta, 19, a varejista anunciou a que a campanha da reedição do tênis SL72, com Hadid como modelo, seria retirada de circulação. O tênis é um ícone dos Jogos Olímpicos de Munique de 1972, que também ficaram marcados por pelo massacre de 11 atletas israelenses por um grupo de homens armados da organização palestina Setembro Negro.
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A modelo, filha do desenvolvedor imobiliário de origem palestina Mohamed Hadid, é uma conhecida defensora dos direitos palestinos e vem, ao longo de sua carreira, expressou apoio à causa palestina. Ultimamente, com o desenrolar da guerra em Gaza, Bella tem sido mais incisiva sobre suas opiniões.
"Estamos cientes de que foram estabelecidas ligações com eventos históricos trágicos, embora estes sejam totalmente involuntários, e pedimos desculpas por qualquer incômodo ou dor que isso possa ter causado", disse a marca em um comunicado enviado à AFP, após a manifestação da insatisfação pela modelo figurar na campanha por entidades como o Comitê Judaico Americano.
Para a Adidas escolher uma modelo anti-Israel para relembrar essas Olimpiadas sombrias é um descuido massivo ou intencionalmente inflamatório. Nenhum dos dois é aceitável.
Agora, Bella Hadid se prepara para responder à iniciativa da Adidas por meios judiciais. Segundo o site norte-americano, a modelo já teria contratado um time de advogados para defendê-la no processo por "falta de responsabilidade pública," com a justificativa de que a marca teria usado a imagem dela em uma campanha "cruel e prejudicial."
Ainda segundo a publicação, fontes próximas à modelo afirmaram que ela estaria "chateada com o fato da empresa lançar uma campanha que associaria qualquer pessoa a uma tragédia como o massacre de Munique nas Olimpíadas de 1972."
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