Com vontade de deixar para trás a noção de boyband, Paul McCartney tentou fazer um álbum conceitual dos Beatles
Depois de gravar Revolver em 1966, os Beatles perceberam que deram tudo de si para esse álbum. Mas isso não significa que eles já teriam um nome para o disco.
No início, quase chegaram a usar títulos bobos como Fat Man e Bobby ou After Geography. Mas acabaram encontrando outro nome para o clássico álbum. Só que o quarteto continuou a série de títulos de álbuns não tão inspiradores assim.
O álbum duplo de 1968, conhecido como The White Album, por exemplo, acabou sendo lançado como auto-intitulado (The Beatles). No último disco, nomearam o álbum com o nome da rua onde o estúdio em que eles gravavam as músicas estava localizado, Abbey Road.
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A verdade é que os Beatles eram muito melhores em escrever músicas do que dar nome a álbuns. A única exceção foi o Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band.
Na época, Paul McCartney queria deixar para trás todo o tumulto em volta dos Beatles, o conceito de boyband e, com isso, teve a ideia de adotar alter egos. Enquanto estava de férias em 1966, viu pacotes de sal (rotulados com "S") e pimenta (rotulado com "P") no avião, e a ideia do sargento Pepper veio. Na sequência, pensou em Lonely Hearts Club.
"Eu apenas juntei os dois, da mesma forma que Dr. Hook & the Medicine Show"
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Nos anos 1960, muitas bandas começaram a se afastar de nomes curtos e começaram a experimentar coisas mais interessantes.
"Então eu acho que Paul foi influenciado por isso e veio com essa ideia para os Beatles", disse John Lennon a David Sheff.
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