Encerrando a turnê Get $leazy, cantora juntou glitter e lixo no Palco Mundo
Paulo Terron, do Rio de Janeiro Publicado em 29/09/2011, às 23h16 - Atualizado em 30/09/2011, às 11h18
Quando Jay-Z decretou a morte do Auto-Tune em 2009, Ke$ha deveria ter ouvido. Em um show permeado pelo playback autotunado (pense na Xuxa cantando por cima das versões de estúdio das músicas dela no Xou da Xuxa), a cantora encerrou a Get $leazy Tour no Palco Mundo do Rock in Rio, nesta quinta-feira, 29.
O estilo decadente que a norte-americana tentou emplacar acabou - na melhor das hipóteses - parecendo pobre (assim como os tímidos passos de dança dos bailarinos). Ke$ha foi precavida e se escondeu, durante boa parte do tempo, atrás de guitarras (a primeira ela quebrou ao fim de “(Fuck Him) He’s a DJ”, depois de só arriscar poucos e distanciados acordes; a segunda tinha formato de metralhadora).
“Este é um dos melhores momentos da minha vida até agora”, disse a artista, entre faixas sobre ter o carro roubado por uma companheira de balada (“Backstabber”) e ser cantada por homens mais velhos (“Dinosaur”). “Estou apaixonada pelo Brasil.”
O repertório foi uma versão reduzida do show paulistano, ocorrido na quarta, 28. A abertura foi com o sucesso “We R Who We R”, com “Sleazy” sendo deixada de fora, assim como “The Harold Song” e a versão para “(You Gotta) Fight for Your Right (to Party!)”, normalmente executada pela banda de apoio ao fim da noite.
“Tik Tok”, o maior hit de Ke$ha, encerrou a apresentação e foi recebida aos urros pela plateia (que, como retribuição, recebeu uma chuva de glitter e papel picado). “Eu quero beijar cada um de vocês na boca”, disse a cantora, em uma declaração possivelmente mais anti-higiênica do que os vazamentos dos banheiros do Rock in Rio, no domingo, 25.