Leia abaixo um trecho da matéria publicada na edição 59 da Rolling Stone Brasil, nas bancas a partir de 9 de agosto
Foi-se o tempo em que o Ultimate Fight Championship - na sigla, UFC, maior evento de artes marciais mistas do mundo - era um torneio de luta endereçado somente a marmanjos trogloditas sedentos por sangue. Criado em 1993 pela família de lutadores Gracie (o intuito era exibir ao mundo a superioridade do brazilian jiu-jitsu sobre as outras modalidades), o UFC sofreu durante anos com o preconceito devido ao elevado grau de violência de seus confrontos. Na última década, no entanto, o evento evoluiu e ganhou caráter de evento esportivo de grande porte, acumulando fãs sem distinção de idade e gênero não apenas nos Estados Unidos.
No Brasil, a popularização do UFC ocorreu de forma relativamente silenciosa, porém contundente (quando até a cantora Sandy, um dos símbolos brasileiros da candura, se declara fã, é porque o fenômeno deve ser considerado). Em 27 de agosto, o circo do UFC desembarca pela primeira vez no Rio de Janeiro, arrasador como um pontapé de Anderson Silva, para brigar pelo posto de segundo esporte no gosto do público brasileiro. O primeiro, obviamente, ainda é o futebol.