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Notícias / PRISÃO DOMICILIAR

Sean 'Diddy' Combs promete teste de drogas e casa sem mulheres em novo pedido de fiança

Nova solicitação foi enviada pelo advogado do rapper nesta semana; outro pedido de fiança foi negado nos tribunais logo após a prisão

Por Rodrigo Tammaro Publicado em 02/10/2024, às 19h51

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Sean 'Diddy' Combs (Foto: Shareif Ziyadat/Getty Images)
Sean 'Diddy' Combs (Foto: Shareif Ziyadat/Getty Images)

Preso em Nova York desde setembro sob acusações de tráfico sexual, sequestro e associação criminosa, Sean “Diddy” Combs enviou um novo pedido de fiança e liberdade provisória aos tribunais.

Desta vez, o rapper e empresário americano prometeu fazer testes de drogas semanalmente, proibir mulheres de entrarem na casa dele e não ter contato com testemunhas da denúncia caso fosse liberado enquanto aguarda o julgamento (via Rolling Stone EUA).

O primeiro pedido de fiança de Diddy foi rejeitado poucos dias após ele ser preso. Na ocasião, o advogado Marc Agnifilo apresentou ao tribunal uma proposta que incluiu um pagamento de US$ 50 milhões e a entrega do passaporte do rapper e das filhas dele.

+++LEIA MAIS: Sean 'Diddy' Combs está "ansioso" para se defender no tribunal, diz advogado

Na solicitação, a defesa pediu ao tribunal que “confiasse” no músico, apontando as medidas que o fundador da Bad Boy Entertainment havia tomado antes de sua prisão para demonstrar que ele não era um risco de fuga.

No entanto, os juízes Andrew Carter e Robyn Tarnofsky concordaram com os promotores de Nova York e recusaram a solicitação.

Eles alegaram que, nos meses que antecederam a prisão, Combs entrou em contato com vítimas e testemunhas do caso, pedindo por sua "amizade e apoio". Ele também teria tentado manipular e distorcer informações para convencer essas pessoas de que a prisão é fruto de uma “narrativa falsa”.

Desta forma, os juízes rejeitaram o pedido por considerar que Diddy representa um risco significativo de fuga e perigo para a comunidade e testemunhas.

Sean "Diddy" Combs (Foto: MEGA/GC Images)

Novo pedido de fiança

O segundo recurso foi enviado pela defesa dele na última segunda-feira (30), mas não apresentou os motivos pelos quais o rapper deveria ser libertado.

Por outro lado, o advogado de Combs sugeriu novas restrições para responder ao argumento do tribunal de que o artista seria uma ameaça.

Além do pagamento, as novas medidas incluem um teste de drogas semanal – o suposto abuso de substâncias foi mencionado mais de uma vez pelos promotores.

+++LEIA MAIS: Sean 'Diddy' Combs: entrevista desconfortável viraliza após prisão

No pedido de liberdade provisória, ele também prometeu receber apenas visitas restritas a "familiares, zeladores da propriedade e amigos que não são considerados co-conspiradores", de acordo com a carta de Agnifilo ao juiz.

Nenhuma mulher fora do círculo familiar teria permissão para ir até a casa de Diddy. Para garantir, ele afirmou que enviaria ao tribunal diariamente um registro dos visitantes assinado.

Em conversa com a imprensa depois que Combs foi detido, o advogado disse que lutaria contra a decisão de manter seu cliente preso sem fiança. “O Sr. Combs é um lutador. Ele vai lutar contra isso até o fim. Ele é inocente”, disse. “Vamos lutar contra esse caso com tudo o que temos.”

A próxima audiência do rapper está marcada para 9 de outubro.

Acusações

As acusações contra Diddy giram em torno dos chamados Freak Offs, festas privadas organizadas por ele que, segundo as investigações, envolviam sexo coercitivo, uso de drogas e intimidação.

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As festas, descritas como maratonas sexuais, aconteciam em hotéis de luxo e muitas vezes duravam dias. Durante esses eventos, trabalhadores sexuais, tanto homens quanto mulheres, eram supostamente drogados e forçados a participar de atos sexuais prolongados. Além disso, Diddy teria documentado esses encontros em vídeo, utilizando as gravações para ameaçar e chantagear os participantes, garantindo assim que eles mantivessem silêncio.

Combs está atualmente sob custódia no Centro de Detenção Metropolitano (MDC), no Brooklyn, Nova York, uma prisão que, de acordo com o The Sun, é conhecida como o 'inferno na Terra' por suas condições precárias e violência entre detentos.