PERSEGUIÇÃO

Trump ataca Bruce Springsteen e exige 'investigação' contra músicos

Presidente dos EUA criticou artistas como Springsteen, Beyoncé e Bono por apoiarem Kamala Harris, e prometeu 'grande investigação'

Daniela Swidrak (@newtango)

Publicado em 19/05/2025, às 19h26
Bruce Springsteen e Donald Trump - Bruce Springsteen por Shirlaine Forrest/Getty Images | Donald J. Trump por Win McNamee/Getty Images
Bruce Springsteen e Donald Trump - Bruce Springsteen por Shirlaine Forrest/Getty Images | Donald J. Trump por Win McNamee/Getty Images

Donald Trump voltou a atacar figuras do entretenimento em uma nova sequência de postagens em sua plataforma Truth Social. O presidente dos EUA exigiu uma “grande investigação” contra Bruce Springsteen, Beyoncé, Bono e outros artistas que demonstraram apoio à vice-presidente Kamala Harris durante campanhas anteriores.

A ofensiva veio dias após Springsteen fazer críticas contundentes à administração de Trump durante um show em Manchester, onde chamou o governo atual de “corrupto, incompetente e traiçoeiro”. Em resposta, Trump afirmou, sem apresentar provas, que Springsteen teria sido “pago por Kamala Harris” para se apresentar em eventos de campanha — algo que ele considerou uma “contribuição ilegal”.

“Quanto Kamala Harris pagou a Bruce Springsteen pela sua fraca performance? Isso não seria uma contribuição ilegal?”, escreveu Trump. Ele ainda acusou os artistas de se aproveitarem de um “sistema quebrado” e declarou: “Isso não é legal!”.

O ataque se estendeu a outras figuras públicas, como Oprah Winfrey e a já habitual desafeta Taylor Swift, também alvo frequente do ex-presidente. A Federação Americana de Músicos (AFM) respondeu rapidamente em defesa de seus membros. “Bruce Springsteen e Taylor Swift são mais do que músicos brilhantes. São modelos e inspirações para milhões”, disse o presidente da entidade, Tino Gagliardi.

Springsteen, conhecido por seu ativismo e discursos sociais em shows, reforçou em Manchester seu compromisso com a democracia e com o papel da arte em tempos difíceis. “O último limite ao poder, quando os freios e contrapesos falham, somos nós: o povo”, disse ele antes de tocar "House of a Thousand Guitars".

A ofensiva de Trump contra artistas engajados politicamente parece marcar uma nova escalada no embate entre cultura pop e figuras do poder — um conflito que já se tornou recorrente no cenário político-cultural dos Estados Unidos.

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